As salas de Rafael dos Museus Vaticanos são originalmente aposentos papais dos mais importantes: aqui transitaram os papas Alessandro VI e Julio II, documentos foram assinados, reuniões de importantíssimos temas foram enfrentadas! Por que sugerimos que você faça uma visita guiada às Salas de Rafael?
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Alta e altíssima estação na Itália – quais são os períodos?
Alta e altíssima estação na Itália
Hoje em dia fala-se em alta ou altíssima estação na Itália; não há mais baixa estação, pois temos, grosso modo, somente duas semanas no primeiro semestre e duas semanas no segundo semestre de real baixa de movimento por aqui.
O Palácio Altemps em Roma
Em mais um museo que não nasceu para ser museu, mas era a residência renascentista de um cardeal tirolês, Marco Sitio von Hohenems, temos no Palácio Altemps de novo a prova que Roma é uma das cidades que nunca para de nos surpreender.
História do Palácio Altemps
O palácio foi construído entre os anos de 1477-1480 por Girólamo Riario, sobrinho do famoso Papa Sisto IV (famoso por ter construído a Capela Sistina). Em 1568 o palácio foi comprado pelo cardeal von Hohenms, que teve seu nome traduzido em “Altemps” em italiano. Aqui temos o dedinho de um outro famoso arquiteto de Roma no re-styling do palácio, Martinho Longhi (Igreja de São Bartolomeu na Ilha Tiberina, entre outras coisas).
O próprio palácio é uma construção maravilhosa, com afrescos (e às vezes ouro!) no seu interior e nas paredes da loggia do pátio central, uma arquitetura elegantíssima que nos transporta no tempo e nos faz entender mais uma vez que o nosso imaginário de riqueza tem a sua origem aqui, na riqueza de Roma.
No interior deste palácio tem também uma igreja barroca dedicada ao papa Santo Aniceto com a sua sepultura (eventual mártire do II séc. d.C.). Normalmente a direção do museu coloca cantos gregorianos, tornando a estadia dentro deste ambiente ainda mais sugestiva.
Só o fato de passear por estas salas nos sentimos iluminados por estarmos rodeados por tanta beleza; o fato de alimentar a nossa alma nos causa um bem-estar incrível!
O cardeal Altemps colecionava arte antiga, paixão mantida por seu sobrinho Giovanni Angelo Altemps, cujas peças foram distribuídas por vários museus de Roma, mas aproximadamente cem esculturas ainda encontram-se aqui.
Coleção do Palácio Altemps
O que vemos neste palácio-museu hoje são coleções menores de famílias nobres (Altemps, Drago e Mattei) formadas entre os séculos XVI e XVIII e peças do acervo das Termas de Diocleciano (para mim, o Museu mais difícil e um dos mais preciosos de Roma, post logo mais).
Enorme e interessantíssima a seção egípcia, com uma infinidade de pequenos objetos e pequenas ânforas em vidro mas também é de excelente qualidade a coleção de esculturas greco-romanas.
Entre as peças de maior destaque, temos o Sarcófago Ludovisi (250-260 d.C.), que representa a luta entre romanos e bárbaros, uma obra de arte de excelente qualidade e estado de conservação. Digno de nota é a execução das dos retratos das fraccões que lutam, quase sem espaço para se locomoverem, tantas são as representações de corpos humanos, escudos e cavalos. A execução do relevo é extremamente profunda (típico para aquele período) e, consequentemente, sofre muito a ação de luz e sombra. Incrível a representação do defunto que aparece no centro, triunfante e sereno enquanto puxa o seu cavalo “indomável”. Do ponto de vista estilístico, é uma grande diferença o que vemos aqui em relação aos sarcófagos gregos (inspiração dos romanos), com seus relevos bidimensionais.
Interessante também o Trono Ludovisi, que os estudiosos acreditam ser um trabalho de uma oficina da cidade antiga de Locri Epizefiri (a Calábria de hoje) do V séc. a.C., e que fazia parte de uma bacia ritual ou de um altar. A cena representata seria a Afrodite que nasce da espuma do mar ou Perséfone que retorna à terra do reino de Hades, ajudada por duas criadas.
Temos ainda uma imensa cabeça de Hera, o famoso Acrólito Ludovisi, também do V séc. a.C. (Acrólito se refere a cabeça, mãos e pés em mármore de uma estátua colossal; neste caso muito provavelmente a peça também vem de Locri Epizefiri e também seria uma Afrodite ou Perséfone), Mercúrio, e peças interessantíssimas que vêm do Campo Marzio (zona assim denominada na antiguidade que é hoje para nós o centro histórico), mais precisamente dos templos dedicados a Ísis e Serápis.
Temos uma Afrodite romana do II séc. d.C., provavelmente inspirada na famosa Afrodite de Cnidos do escultor Praxíteles (IV séc.a.C.), em mármore de Carrara e vestida com alabastro florido; sim, uma das vantagens da sua viagem à Roma é que vai conhecer um monte de tipos de mármores e seu olho vai ficar cada vez mais afiado para reconhecê-los.
Este rico espaço arquitetônico representa Roma tão bem com toda a classe de um palácio da nobreza renascentista e católica e que contém preciosidades da cultura greco-romana. Não passe batido por aqui!
Endereço do Palácio Altemps:
Piazza di Sant’Apollinare, 46 – perto da Piazza Navona
Horário de funcionamento:
Abertode terça a domingo, das 09h às 19:45h – excessões: il primeiro de Janeiro e 25 de Dezembro.
Tickets Palácio Altemps:
Inteiro € 7 – Meia € 3.50
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Bibliografia
Argan, G. C., Storia dell’Arte Italiana, Milano,Ed. Sansoni, 1988
Gombrich, E.H., Die Geschichte der Kunst, Frankfurt, Fischer Verlag, 2009 (1950)
Guida Rossa Touring
Enciclopédia Treccani on line: http://www.treccani.it/
Site Locri Antiga http://www.locriantica.it/reperti/ludovisi.htm
Museus em Roma:
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A Mansão de Livia
Roma nível III, para quem já viu o básico de Roma, algumas partes dos arredores, como ÓstiaAntiga, Villa Adriana, Região dos Lagos e alguns museus além do Vaticano: você está pronto para ver mais uma curiosidade do mundo antigo: a discreta Mansão de Livia. Lívia foi a esposa do primeiro imperador, Augusto, e quando encontraram esta mansão do campo no século XIX, os arqeueólogos decidiram de chamá-la “de Livia” pois esta mansão tinha pertencido à sua família (lado paterno). Trata-se, então, de uma mansão do período republicano e esta é uma das razões que nos traz à esta zona, a somente a 20km de Roma.
A Mansão de Livia – ad gallinas albas
« (…) Livia Drusilla, que depois do casamento chamou-se Augusta, quando tinha a data fixada do casamento com César, uma águia deixou cair no seu colo, intacta,uma galinha de um branco extraordinário, (…)este fato aconteceu na mansão dos Césares ao longo do rio Tibre, no nono milho da via Flamínia, que por isso ficou conhecida como ad Gallinas…. »
Plinio, Historia Naturalis , XV, 136-137
Esta mansão foi mencionada nao somente por Plinio, mas também por Suetônio (Galba 1) e Dião Cássio.
A Mansão de Livia, visao geral
Cultivaçao de louros
As indicações nos textos antigos era muito clara: a Mansão de Livia tinha sido construida numa colina perto da marcação do IX milho da Via Flamínia, uma das antigas estradas romanas que levavam ao norte. Hoje em dia o glamour antigo infelizmente não pode ser percebido, a menos que a sua guia o traga de volta, descrevendo o que deve ter sido isso na virada do milênio, isto é quando Augusto e Lívia passavam seu tempo relaxando aqui!
Exemplo de afresco do atrio, com o preto especial
Afrescos dos aposentos dos hospedes
Curiosa a lenda que deu o sobrenome à mansão “ad gallinas albas”, que conta a estória de uma galinha branca que teria caído com um ramo de louro no bico das presas de uma águia, bem no colo da imperatriz. Imediatamente este fato foi considerado como uma mensagem dos deuses e foi plantado um “loureto”; a galinha foi criada na propriedade, dando início à uma criação de galinhas brancas. Todos os triunfos que Augusto celebrou tiveram uma coroa de louros que vinham desta propriedade; e no periodo de Nero, conta-se que a cultivaçao secou!
A “natatio”
Nesta mansão caracterizada pela austeridade (um dos principais valores da política de Augusto), vemos a parte privada do casal imperial, a parte onde recebiam hóspedes e até onde os aposentos de eventuais hóspedes. Veremos o impluvium, a plantação de hervas e temperos (re-plantada como na antiguidade!), termas, hipocaustos, restos de afrescos e tapetes com mosaicos (geométricos e figurativos).
Mosaicos com temas geometricos
Mas a maior emoção é, sem dúvida, ver o famoso semi-hipogeu de onde os restauradores destacaram os afrescos maravilhosos que estão no último andar doPalácio Mássimo. Para quem conhece este museu e estes afrescos, vir a esta Mansao de Lívia nos arredores de Roma é poder atravessar mais uma porta do passado e viver a emoção da beleza e aromas da antiguidade, a raiz da nossa sociedade.
O famoso semi-ipogeo com tecidos que lembram os maravilhosos afrescos
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Como chegar:
A Villa di Livia fica no interior do parque da comune de Prima Porta
Via della Villa di Livia, Prima Porta.
Com os meios de transporte público: trenzinho de Roma, a partir do Piazzale Flaminio/ Euclide, Ferrovie Roma Nord, estação Prima Porta; de carro a partir de Roma: Via Flaminia, direção Prima Porta, cemitério.
É aconselhável reservar: +39 06 399 67 700
Sobre mim
Olá, eu sou a Patricia e me apaixonei por Roma em 1994, quando ainda era uma estudante de Artes Plásticas em Hamburgo. Desde então fiz várias viagens para estudar a Cidade Eterna e em 1998 me mudei para cá. No Turismo estou desde 2007, quando comecei a trabalhar com alemães. Sou guia credenciada em Florença e Roma e este blog é um elogio muito pessoal sobre a minha paixão pela cultura Clássica. Na minha equipe trabalham as melhores guias que falam português nas principais capitais italianas, escolhidas a dedo por mim ao longo dos anos.
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setembro 13, 2011
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