As informações são transmitidas na velocidade da luz hoje em dia, portanto chegou a hora de falar sobre como evitar museus cheios e filas em Roma. Seriamente e com os pés no chão, pois na vida real não existe abracadabra. Até certo ponto é possível iniciar os passeios bem cedo, coisa que eu já fazia sozinha em 1994…
Palácio Pamphilj, sua história e obras de arte é o que vamos ver aqui hoje. Para tanto, mencionaremos artistas do calibre de Girolamo Rainaldi (um dos melhores arquitetos do século XVII), Borromini, Bernini e Pietro da Cortona. Não é por acaso que a Praça Navona é uma das praças mais lindas do mundo.
A chuva de pétalas no Pantheon em Roma acontece ao final da missa das 10:30h no feriado de Pentecostes, que em 2018 acontecerá no dia 20/05.
Roma em Dezembro 2017, prepare-se antes de vir! Saiba sobre a temperatura, o que trazer na mala e o que fazer.
A Igreja dos Santos Lucas e Martina no Fórum Romano foi construída sobre uma antiga igreja do VI século por Pietro da Cortona dutante o século XVII e é considerada a sua obraprima arquitetônica.
São João dos Florentinos é uma igreja de Roma que fica na parte noroeste do Campo Márcio (perto do Vaticano e do Castel Sant’Angelo) e foi construída pela comunidade florentina que viveva em Roma sobre uma antiga igreja que se chamava Santa Maria della Fossa e consagrada em 1504. A igreja foi restaurada em 1727 e 1888.
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Ara Pacis em 3D
Este monumento de aproximadamente 10m X 11,5m da última década o I séc. a.C. foi descoberto aos poucos, a partir do século XVI e somente no século XIX foi definitivamente identificado como a Ara Pacis, realizado no período imperador Augusto, no Campo Marzio, que ficava ao norte da cidade aniga, perto do que hoje chamamos Via del Corso e que comemorava a consolidação da conquista da Gália e da Espanha – e, quem sabe, também tinha outras intenções de afirmações, legíveis na sua decoração.
Ara Pacis, Monumento do período de Augusto com ajuda da tecnologia 3D.
Os tantos fragmentos foram recompostos e podem ser vistos hoje no Museu da Ara Pacis, no Lungotevere. O corpo principal é composto por dois elementos: as quatro paredes com duas aberturas e a plataforma central dos sacrifícios, a qual chegava-se subindo uma escada.
A decoração da parte inferior era composta por vegetação e a superior, por figuras alegóricas, representações mitológicas, personagens do clã da família do imperador e representações de caráter histórico.
Ara Pacis e a Tecnologia 3D para ajudar
Este post possui a simples intenção de divulgar o novo sistema em 3D de reconstrução realizado por este esplêndido museu, portanto mencionarei somente algumas representações da decoração, como o “Lupercal”, isto é a gruta onde os irmãos Remo e Rômulo teriam sido amamentados pela loba, com o pastor Fáustolo, que teria encontrado os gêmeos. Uma outra imagem representa Eneas, sacrificando uma porca com 30 filhotes aos Penates, com os garotos-sacerdotes, “cammili”. A figura feminina que possui menos fragmentos é ainda de dúbia interpretação: seria a Paz, segundo alguns; ou a Terra, segundo outros; em todo o caso não pode ser uma representação de “Roma”, dado que a “Roma endeusada” inicou a ser representada somente a partir do Imperador Adriano, segundo o Prof. Coarelli.
Com a ajuda dos fantásticos óculos 3D (e eu não sou chegada em muita tecnologia!), podemos ver a reconstrução da área do Campo Marzio, onde a Ara Pacis foi construída e uma voz nos conta a história da iconografia representada nas suas paredes exteriores. Realmente fiquei besta de poder me virar na sala do museu e encontrar-me circundada pela vegetação e como parte integrante do sacrifício realizado. É um programão para quem quer aprofundar um pouquinho da experiência em Roma, ou é apaixonado por tecnologia para vê-la aplicada magistralmente.
Adorei também por ser um programa para ser feito depois do jantar, até tarde.
Não percam! Vídeo: http://video.repubblica.it/edizione/roma/roma-l-ara-com-era-in-viaggio-nel-campo-marzio/265486/265864
Evento até 30.10.2017
Onde: Museo dell’Ara Pacis
Horário: de 31 março a 15 abril 2017: sextas e sábados das 20.00h alle 24.00h (último ingresso às 23.00h) dal 21 abril a 30 de outubro 2017: todas as noites das 20.00h às 24.00h (último ingresso às 23.00h)
Para fazer um tour na Itália com guia em português não hesite em escrever para Guia Brasileira em Roma para pedir seu orçamento.
Tickets: Inteiro € 12,00 meio € 10,00
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O Colombário de Pomponius Hylas
Colombário de Pomponius Hylas
Colombário de Pomponius Hylas
Lá vem subterrâneos de Roma!
Os subterrâneos de Roma nos presenteiam com um pequeno com uma sepultura que pertenceu a Pomponius Hylas, um ambiente de apenas 4x3m e ~6m de altura perto dos Muros Aurelianos e da Via Appia, coisa que não nos surpreende, pois esta zona era uma zona cheia de tumbas e sepulturas, dado que as leis antigas não permitiam enterrar os mortos dentro dos limites da cidade.
O “colombarium” é um tipo de sepoltura pequena para corpos cremados, assim chamado pela semelhança da sua forma com os ninhos dos pombos (“colombe”), que os fazem encaixados em pedras de muros: abriam-se pequenas cavidades em forma de arco que eram decoradas com colunas, figuras em gesso policromático, ou afrescos.
O Colombarium de Pomponius Hylas é assim chamado pois um dos nomes que melhor se lêem neste lugar é esse mesmo; mas quem foi o fundador desta sepultura foi Granius Nestor e Vinileia Hedone, segundo o Prof. Coarelli, outros nomes que se lêem bem em um segundo momento, já no interior do colombário.
O fascínio deste lugar está na decoração, que foi realizada há dois mil anos atrás e chegou em excelente estado de conservação até nós!
Colombário de Pomponius Hylas
Arquitetura e decoração do Colombário de Pomponyus Hylas
Cavado na rocha vulcânica, foram realizados estruturas que assemelham “pequenos templos”, com lugar para a deposição dos vasos com as cinzas dos defuntos. Tímpano sobre colunas ( a mais importante delas em estilo dórico, pouco comum em Roma) sobre a qual foram aplicadas figuras em gesso que contam mitos de Dionísio; nas figuras antopomorfas da sepultura principal, que não foram identificadas e são lindas, vemos duas figuras femininas correndo nas extremidades da direita e da esquerda, com uma cena de duas pessoas que parecem tocar algum instrumento no centro – tudo muito de acordo com o resto da decoração que tem como tema principal o Dionísio, deus do êxtase, do vinho, da energia vital impregnada em toda forma de vida – aliás, estas figuras representam uma visão da morte no I século d.C., que é quase comparável à visão cristã do Paraíso, do “estar bem no além”.
Outros mitos representados aqui são o Centauro de Quíron e Aquiles, bem como o suplício de Ocno.
Este passeio estará disponível logo mais com a gente, pois fica em um lugar fechado que abre excepcionalmente, com número máximo de 8 pessoas, sob reserva telefônica à Superintendência dos Bens Culturais.
Bibliografia:
“Guida archeologica di Roma”, F. Coarelli
Aulas com o arqueólogo Claudio Bottini
Para reservas de passeios com guia particular, por favor entre em contato por email através da página https://www.romaemportugues.com.br/contato/ de modo que recebamos já todos os dados da sua viagem para poder enviar o quanto antes uma proposta de intinerário.
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O Monastério de Santa Escolástica – bate e volta a partir de Roma
O grandioso Monastério de Santa Escolástica do “Vale Santo” (como é apelidada a zona de Subiaco) apresenta-se a nós com uma fachada pouco charmosa, reconstruída após os bombardamentos da II Guerra Mundial. A santa, “irmã gêmea” de São Bento de Norcia, nunca esteve aqui, mas teve a dedicação do monastério pela afinidade com São Bento.
O Monastério de Santa Escolástica bate e volta a partir de Roma
Aqui estiveram os famosos alunos de Guttemberg, Arnold Pannartz e Konrad Sweynheim, que ajudaram a imprimir o primeiro livro na Itália no ano de 1465, “De Oratore”, de Cícero; este evento extraordinário aconteceu aqui neste monastério, dando início à atividade tipográfica na Itália, e à construção da primeira tipografia fora do solo alemão!
A tradição faz com que neste monastério estejam reunidos 80 mil volumes, 280 manuscritos e 213 incunábulos (obras imprimidas antes da técnica introduzida por Guttemberg).
Monastério de Santa Escolástica
No primeiro pátio, chamado “Renascimental”, vemos a grande escultura da Santa Escolástica com a pomba, símbolo desta santa, e animal através do qual São Bento intuiu sobre a sua morte. A estrutura foi realizada entre os séculos XVI e XVII e a arquitetura é “afrescada” nas paredes.
O segundo pátio, chamado “Gótico”, foi construido entre os séculos XIV e XV e possui um poço realizado com restos da antiga mansão de Nero, sobre a qual muito provavelmente o inteiro monastério foi construido. Aqui já entramos uma atmosfera quase onírica e podemos apreciar o pátio com arcos românicos e o maravilhoso arco ogival “flamboyant” com influência catalã.
Através deste pátio vemos alguns afrescos no interior da entrada do bloco do lado oposto do arco “flamboyant” com histórias da vida de São Bento, inclusive as famosas cenas do sinal da cruz em frente ao cálice envenenado e a punição do monge “preguiçoso”, com as suas mãos que, contemporaneamente chicoteam e acareciam a sua cabeça.
O terceiro pátio é retangular e possui afrescos de cidadezinhas medievais sob domínio deste monastério (Cervara, Ponza) e outros de altíssima qualidade que representam os quatro evangelistas.
Quanto à arquitetura, encontramos uma raridade: colunas cosmatescas do XIII século sem a aplicação de pastilhas coloridas de pasta de vidro! Mas depois a gente fala por que desta escolha nesta obra singular dos cosmatas!
Se você se interessa por São Bento ou por monastérios beneditinos, aqui perto fica o “Santo Speco“, o lugar onde São Bento meditou por três anos e onde foi construído um segundo monastério. Não perca o post Orar e trabalhar: a revolução de São Bento
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São Bento no Lácio, uma paixão!
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Visitar o Mosteiro de São Bento
Visitar o Mosteiro Sâo Bento, que fica nos arredores de Roma é uma experiência incrível para quem deseja se aproximar da espiritualidade cristã. O passeio dura aproximadamente 4h. Aconselho combinar com outros mosteiros da região e fazer um dia inteiro de passeio nos arredores, aproveitando para saborear a gastronomia do campo dos arredores de Roma.
Da família nobre Anicia, nasceu São Bento em Norcia, no ano de 480 e veio à Roma estudar. Segundo a tradição, Bento aos 17 anos achou Roma uma cidade muito estressante e foi meditar no Monte Subiaco, a 75km de Roma, por três anos.
Feliz Aniversário pra melhor avó do mundo!
Visitar Mosteiro de São Bento
O Monastério de Subiaco fica a aproximadamente uma hora e um pouquinho de Roma, a mais de 600m sobre o nível do mar. O ar aqui é puro e seu perfume, sempre mediterrâneo.
A primeira residência do santo foi uma ex-casa do imperador Nero por isso aqui paramos para ver um pouco das ruínas que certamente faziam parte do antigo complexo, mas o que nos interessa ainda está um pouco mais adiante.
Contemplar e trabalhar – a revolução de São Bento
Nesta região, São Bento fundou doze núcleos monásticos, dos quais somente um sobreviveu ao tempo. Falaremos desta construção num próximo post.
O primeiro núcleo arquitetônico do “Sacro Speco” foi construido por Gregório Magno e dedicado a São Clemente. O que vemos hoje, esta maravilha arquitetônica encaixada na rocha que nos dá a sensação de estar suspensa no ar, é uma estrutura medieval do século XI: orgânica e espalhada sobre diferentes andares com escadas que os ligam e afrescos por todos os lados, este monastério atrai pessoas com interesse pela religião cristã ou simplesmente apaixonados por afrescos pré-renascimentais e lugares com atmosfera extremamente sugestiva nos arredores de Roma.
Fundamental a compreensão da vida monástica e a relação das tantas ordens que surgiram durante a Idade Média e o papado – veja bolla de 1202 – para entender a importância da regra beneditina!
A igreja superior tem suas origens no século XIV e é dividida em duas partes: a primeira, com afrescos da escola de Siena, do século XIV, cujos afrescos contam a última parte da vida de Cristo; a segunda, realizada por artistas da Umbria e das Marcas, do XV século, nos conta sobre a vida de São Bento.
O maravilhoso pavimento cosmatesco completa a beleza das paredes e do teto. O visitante sente-se facilmente transportado no tempo envolvido por tanta beleza.
Temos acesso à igreja inferior através de uma escada central, na frente da cátedra, onde vemos afrescos da escola romana do início do século XIII.
A “gruta sagrada” contém uma escultura no lugar onde acredita-se que São Bento meditava, realizada por um “nosso conhecido”, o incrível Antonio Raggi – de clara inspiração berniniana!
Entre tantos afrescos, tem um muito especial na Capela de São Gregório, pois representa São Francisco, provavelmente ainda vivo; acredita-se que tenha sido realizado em 1223, um ano antes do santo receber as estigmas.
Dos complexos originalmente fundados pelo santo, ainda está de pé e restauradíssimo, o Monastério de Santa Escolástica, aqui pertinho.
Eis aí mais um exemplo de um lugar perto de Roma para visitar onde, se você é cristão, vir aqui é uma experiência mística da sua religião; se você não é cristão, permanece o cunho espiritual desta excursão num lugar que emana paz, cultura e história… e tanta natureza!
Endereço:
Piazzale di Santa Scolastica, 1
Site oficial:
http://www.benedettini-subiaco.it/
Sobre mim
Olá, eu sou a Patricia e me apaixonei por Roma em 1994, quando ainda era uma estudante de Artes Plásticas em Hamburgo. Desde então fiz várias viagens para estudar a Cidade Eterna e em 1998 me mudei para cá. No Turismo estou desde 2007, quando comecei a trabalhar com alemães. Sou guia credenciada em Florença e Roma e este blog é um elogio muito pessoal sobre a minha paixão pela cultura Clássica. Na minha equipe trabalham as melhores guias que falam português nas principais capitais italianas, escolhidas a dedo por mim ao longo dos anos.
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setembro 13, 2011
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