Palácio Pamphilj, sua história e obras de arte é o que vamos ver aqui hoje. Para tanto, mencionaremos artistas do calibre de Girolamo Rainaldi (um dos melhores arquitetos do século XVII), Borromini, Bernini e Pietro da Cortona. Não é por acaso que a Praça Navona é uma das praças mais lindas do mundo.
A exposição Mostra do Bernini está linda e a Galleria Borghese nunca esteve tão bonita com tantas obras do grande maestro que praticamente “nasceu” com este espaço espositivo ideado pelo grande Cardeal apaixonado por arte, Scipione Borghese. A exposição comemora os 20 anos da reabertura da Galleria após o restauro.
A Igreja dos Santos Lucas e Martina no Fórum Romano foi construída sobre uma antiga igreja do VI século por Pietro da Cortona dutante o século XVII e é considerada a sua obraprima arquitetônica.
Não é um segredo que sou apaixonada pela história antiga e tardo-antiga, mas com a grande exposição sobre Bernini que comemora os 20 anos da re-abertura da Galleria Borghese, chegou o momento de falar do período Barroco, inciando a instigar a sua curiosidade através do homem que foi o maior representante deste período ou estilo: estamos falando do grande Bernini, que é capaz de causar tanto estupor e admiração entre espertos ou leigos em arte!
Cinco obras de arte da Basílica de São Pedro nos gigantescos dois hectares de arquitetura! Vamos citar alguns aqui, de modo que você possa se orientar um pouquinho quando entrar nesta igreja incrível.
As dimensões da Basílica de São Pedro
Na Basílica de São Pedro coexistem uma abundância de estímulos visuais em forma de mármores coloridos no pavimento, paredes, tetos e cúpolas com mosaicos, esculturas de papas, altares, escritas e brasões que é de tirar o fôlego se for somente enumerá-los – aqui vamos apresentar cinco obras de arte fundamentais da Basilica de São Pedro.
No átrio (entrada, 140m de comprimento e 28m de altura!) da basílica, verá a escultura equestre do imperador Constantino, à direita de quem entra.
As obras de arte antes de entrar na Basílica de São Pedro
Não pense que todas as cinco portas de bronze de entrada da basílica não foram rigorosamente pensadas e projetadas, e não representem esculturas de grande valor! Pare e tome o tempo necessário para observar com atenção, no meio da multidão de fiéis e turistas que vão e vem, a Porta de Filarete, um grande artista toscano que trabalhou na basílica no século XV, com as representações da vida de Pedro e Paulo. Para nos lembrar que nem Roma e nem a Basílica de São Pedro foram construídas em um dia, temos o “Portão da Morte” do artista Giacomo Manzù (finalizado em 1964), com particular atenção para a cena no alto, da “Morte de Maria“.
Começamos com Michelângelo
Entrando pela porta principal, temos um dos emblemas da própria arte, uma obra de arte com a qual entramos em contato já bem cedo, mesmo morando longe da Itália, diria até mesmo sem ser cristão: a Pietà do Michelangelo, à qual dediquei um inteiro post após seis anos de blog!
Obras de arte da Basílica de São Pedro por Michelangelo
Embaixo de uma das cúpolas mais bonitas e maiores da Itália inteira, temos o também famoso “baldaquino do Bernini“, a estrutura sobre a relíquia da igreja, embaixo da qual somente o papa pode rezar as missas. Tão grande e quase desproporcional em relação ao já gigantesco espaço em que se encontra, o baldaquino de 29m corresponde a um prédio de nove andares. A escultura em bronze é composta por colunas retorcidas com o brasão da família Barberini com colunas da ordem iônica.
Obras de arte da Basílica de São Pedro por Bernini
Não deixe de ver o último trabalho esculpido pelo grande maestro Bernini, o túmulo de Alexandre VII Chigi, encaixado em uma das portas do transepto à esquerda, por falta de um lugar melhor; naturalmente o maestro deu o melhor de sí e faz parecer que não existiria lugar mais digno e melhor para o túmulo do ilustre personagem. A quantidade de mármores coloridos que Bernini utiliza nos demonstra toda a experiência em usar um material duro como se fosse macio, típica de um gênio acostumado a falar com desenvoltura com príncipes, nobres e papas.
Bernini e suas obras de arte da Basílica de São Pedro
Dramático e típico do período Barroco o Santo Andrea do Duquesnoy, realizado em colaboração com o estúdio Bernini – o santo e a sua cruz em forma de “X”; se menciono o Santo Andrea, não posso deixar de lado a Santa Verônica, de um dos mais brilhantes seguidores do Bernini, o Mocchi.
Para finalizar, fundamental admirar a Cátedra de São Pedro. Segundo a tradição, esta parte da decoração em bronze com acabemento dourado e que também saiu das mãos do grande Bernini, contém a poltrona sobre a qual São Pedro teria lido seus sermões em Roma.
Acho que no final das contas acabei escrevendo bem mais do que cinco obras de arte da basílica, mas é difícil não falar de algumas coisas!
Não posso negar que acredito que para aproveitar tudo isso seja necessário ter uma boa e experiente guia que fale português ao seu lado para que os Museus Vaticanos, a Capela Sistina e a basílica de São Pedro façam o sentido que merecem na sua cabeça. Para fazer um tour na Itália com guia em português não hesite em escrever para Guia Brasileira para pedir seu orçamento.
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Galleria Borghese: Caravaggio e Bernini para fortes corações
A Galleria Borghese de Roma, como tudo em Roma, não é um museu normal, mas foi planejado para sê-lo! Trata-se da mansão do campo renascentista da família Borghese; a excepcional coleção que temos hoje no seu interior é fruto da paixão pela arte do cardeal Scipione Borghese.
O que é a Galleria Borghese
A coleção foi iniciada em 1600 e contém obras-primas da Antiguidade, Renascimento e Barroco, com grande destaque para Bernini e Caravaggio. Quem se prepara para vir a este grande antro da arte ocidental sabe que aqui também vai encontrar Canova, Parmigianino, Raffaello, Giorgione, Rubens, Pinturicchio e Correggio…
Bernini na Galleria Borghese
O grupo escultóreo “Apolo de Dafne” é o trabalho que demonstra a maturidade artística de Bernini, que trabalha pela primeira vez sem fazer citações aos grandes maestros renascentistas, colocando-se em concorrência com o próprio mito! Interessante acompanhar vários períodos do grande maestro na Galleria Borghese, entendendo e observando com atenção o seu modo de tratar a superfície do mármore. Seguem alguns dos trabalhos mais “famosos” que moram neste importantíssimo museu:
Tiziano na Galleria Borghese
Amor Sacro e Amor Profano (1515) de um Tiziano com apenas 25 anos, mas já maduro para revolucionar a história da pintura; inicialmente uma comissão do vêneto Niccolò Aurelio para a sua futura esposa, o pintor foi pedido para expressar as duas formas de amor: “sagrado e profano”. A genialiade deste pintor logo ultrapassa a esfera privada da simples comissão para atingir uma linguagem universal através dos personagens representados e da sua paleta de tons tipicamente vêneta, que deu origem ao nome “vermelho tiziano”.
Tiziano: Amor sacro y amor profano 1515-1516. 118 x 279. Oleo sobre lienzo. Galleria Borghese, Roma. cv.uoc.edu, Pubblico dominio, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=15588281
O incrível Daví (1623-24) do Bernini, que trabalha o mármore como se fosse matéria macia, pode ser um auto-retrato enquanto enfrenta a real dureza do seu material de trabalho, segundos antes de enfrentar o gigante Golias.
O hermafrodita antiga da Galleria Borghese
A figura típica de beleza helenística nos atrai e absorve completamente: maravilha das maravilhas a famosa escultura em mármore do filho de Hermes e Afrodite, o “Hemafrodita adormentado” (cópia romana do II séc. d.C.), representa um corpo quase inteiro feminino, numa torsão horizontal, em um sono de uma sensualidade única. A parte frontal da escultura tem o sexo masculino.
Obraprima de um Caravaggio che ainda ganharia o mundo, o “Garoto com cesto de frutas” foi provavelmente realizada quando ainda trabalhava no estúdio do Cavalier D’Arpino.
Caravaggio na Galleria Borghese
Num primeiro momento temos a sensação que o quadro exala vida jovem com o rapaz (muito andrógino por sinal) do olhar lânguido e com o ombro de fora e com as frutas. Mas, nun segundo momento percebemos melhor que as frutas estão para perecer. Apesar da jovem idade de Caravaggio (20 anos em 1693-94) já encontramos muitas das características que vão marcar seu estilo da exaltação do tema representado através do forte contraste de luz e habilidade técnica “fotográfica” – aliás, as pinturas de Caravaggio podem sem aprofundadas no nosso tour exclusivo “Caravaggio“.
A enorme tela de Caravaggio de quase 3m de altura, com o tema da Virgem dei Palafrenieri (1606), pintada no final da curta vida do grande gênio tem como tema o menino Jesus que destrói a serpente do pecado original com a ajuda da Virgem, ambos observados pela Santa Ana (que aqui representaria a graça na redenção).
Veremos Caravaggios de diversos períodos e poderemos acompanhar o desenvolvimento do artista em diferentes fases da sua produção artística.
Paolina Borghese Vênus Vencedora (1805-08), de Antonio Canova
Foto: Di Antonio Canova – Trasferito da de.wikipedia su Commons.; originally from: Alfred Gotthold Meyer, Canova, Bielefeld & Leipzig, 1898, p. 49; sconosciuto, uploader was Katanga at de.wikipedia, Pubblico dominio, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=17193242
Canova na Galleria Borghese
O último grande escultor do Vaticano era vêneto e se chamava Antonio Canova (1757-1822). Além de ter sido o artista oficial do Napoleão (entre 1802-10), foi encarregado pelo papa Pio VII da delicada tarefa de recuperar as obras roubadas pelos franceses durante a ocupação napoleônica.
Na sua obraprima “Paolina Bonaparte Borghese” – símbolo da célebre Galleria Borghese de Roma – , como Vênus Vencedora (retrato da irmã de Napoleão), podemos observar uma sua obra típica, considerada por alguns como “fria e acadêmica”, além de muito ligada a um programa cultural “óbvio demais”; mas é inegável a perfeição da representação e a elegância dos gestos atribuidos ao personagem retratado.
Quem sabe ao final do tour você vai poder tirar as suas próprias conclusões sobre as diferenças entre o Daví do Michelangelo e o Daví do Bernini!
Final de tour da Galleria Borghese no inverno com a família da Eliane – olha que delícia!
O jardim da famosa villa é parte do nosso tour pois foi concebido ao mesmo tempo em que a mansão da nobre família, com seu jardim secreto, o bosque de caça e os jardins ingleses e exóticos. Hoje é uma maravilhosa área verde onde romanos adoram passear, andar de bicicleta, namorar e ver a sua cidade do alto.
Por que uma guia em português
No momento em que leva-se em consideração (pelo menos!) o momento histórico, o comitente e o artista de uma obra de arte… eventualmente considera-se também os personagens e objetos e plantas representados (muitas vezes ligados à cultura romana) pode-se dizer ter “visto” uma determinada obra de arte e ir além, estabelecendo um vínculo pessoal com os trabalhos artísticos de uma galeria ou museu. Nós conhecemos a Galeria Borghese como a palma da nossa mão e teremos grande prazer em dividir o nosso conhecimento com você!
Endereço: P.zzale del Museo Borghese
Horário de abertura: De 3a à domingo, das 8.30h às 19.30
Reservas obrigatórias: 06 32810
Custo da entrada: de €15 a €20.
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Museu do Palácio Barberini
Parte da região de Roma que hoje é muito central, como por exemplo Praça Barberini, onde está o Museu do Palácio Barberini, era considerada “o campo” nos séculos XV e XVII – este fato pode ser verificado até no topônimo da rua “Capo Le Case” nas redondezas. E assim foi construída a “mansão” da família Barberini, fato quase comemorativo de uma família em ascensão ao poder. Estas mansões eram caracterizadas por uma função ambivalente de representação e lazer, como vimos no post da Villa Borghese.
Museu do Palácio Barberini
Em 1625, depois de comprar um enorme terreno (que correspode à área dentro da Quattro Fontane e XX Settembre) com um pequeno edifício, iniciaram as reformas necessárias para transformá-lo em uma suntuosa mansão.
Museu do Palácio Barberini
O grande Bernini entra em jogo na ideação do palácio após a morte de Maderno e devemos a ele o grande salão central com o pé direito que ocupa dois andares, o salão ao lado com planta baixa elíptica, a maravilhosa varanda fechada com janelas, “loggia vetrata” que vemos hoje quando entramos sobre a varanda com arcos, também de sua autoria.
O palácio é digno de uma visita pela sua história e, particularmente, por elementos da sua construção e decoração, como a escada helicoidal de Borromini, que tinha trabalhado no primeiro edifício com seu tio, Maderno, e o afresco da “Divina Providência”, de Cortona. Neste caso, ao contrário do que aconteceu com a Villa Borghese (que conhecemos hoje como parque de Roma), os jardins desta maravilhosa mansão não chegaram até nós, mas sabemos que tinha sido desenvolvido com muita atenção aos detalhes, e que, entre outras plantas exóticas, tinha sido importada uma laranjeira de Lisboa e um jasmin amarelo da India.
A coleção inicia com obras do XII século, mas parte mais importante do Palácio Barberini é composta por pinturas dos séculos XVI e XVII e temos a sorte de poder ver obras importantes de cada pintor aqui representado.
É aqui que podemos ver a “Fornarina” de Raffaello, a “Judite” e o “Narciso” de Caravaggio, “Vênus e Adônis, de Ticiano, um “Davi” de Bernini, mas nomões são uma coisa comum nesta coleção, com pinturas atribuidas no passado a Simone Martini, além de Filippo Lippi, Antoniazzo Romano, Lorenzo da Viterbo, Guercino, Domenichino, Giulio Romano, Baciccia e Carracci.
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Castel Sant’Angelo é o monumento que vamos ver hoje em todos os seus detalhes históricos, arquitetônicos! Em pleno ritmo de primavera, os jasmins perfumam as ruas na nova luz que chega transformando o que conhecemos em imagens novas, que não nos cansam de encantar com a sua beleza eterna.
Castel Sant’Angelo, pequena introdução
Castel Sant’Angelo é um dos tantos monumentos romanos com uma história incrível, de beleza imponente e mágica, de sabor antigo e cenográfico do centro de Roma – um dos meus preferidos!
Castel Sant’Angelo visto com “il passetto” – ligação com o Vaticano
Esta construção aparentemente insólita aos nossos olhos era até muito comum na antiga Roma, e deve a sua forma aos etruscos.
Acredita-se também que a maior inspiração arquitetônica para este monumento tenha sido um grande mausoléu do IV séc. a.C., às margens do mar Egeu, localizado numa cidade antiga que se chamava Cária, na Anatólia. Este mausoléu era uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo e é também conhecido como Mausoléu de Halicarnasso; infelizmente hoje não podemos apreciar mais do que as suas fundações.
Castel Sant’Angelo, foto minha
O Imperador Adriano (que reinou no periodo de 117dC – 138dC) teve seu principado caracterizado pela tolerância em relação aos cristãos e proteção dos escravos (através de uma reforma legislativa promovida pelo imperador em pessoa), valorização da arte, cultura e filosofia. A Villa Adriana é um exemplo de valorização das artes, pois foi construida com paixão e amor pela memória, com citações arquitetônicas que o imperador tinha conhecido nas suas várias viagens pela Grécia e Egito.
Até o Pantheon, construido por Agrippa foi reconstruido pelo imperador Adriano e adquiriu a forma que nós conhecemos hoje.
No alto do Castel Sant’Angelo, com Suzana e Marcia (cúpola de São Pedro no fundo)
História e arquitetura do Castel Sant’Angelo
O Castel Sant’Angelo foi construido entre 76 e 138 pelo Imperador Adriano como mausoléu para a sua família. O material da construção foi o peperino (pedra de origem vulcânica, típica aqui na região do Lácio) e uma espécie de cemento desenvolvido pelos romanos.
Castel Sant’Angelo e Ponte Sant’Angelo com a iluminação noturna – foto minha
O túmulo tem a forma de um cilindro chato (64m de diâmetro e 20m de altura) e a construção de peperino era coberta por lastras de travertino, o mármore do Lácio. A base sobre a qual o cilindro se apoia é um quadrado de aproximadamente 85 metros de comprimento e 15m de altura. No alto do cilindro, existia uma quadriga, representando o Imperado Adriano como Deus-Sol. No centro do monumento encontra-se as tumbas da família Antonina, a família à qual pertencia o Imperador Adriano, com a seguinte inscrição escrita pelo próprio:
Angelo da ponte de Castel Sant’Angelo, das oficinas de Bernini
“Anima vagula blandula – Hospes comesque corporis – Quae nunc abibis in loca – Pallidula rigida nudula – Nec ut soles dabis iocos”, que quer dizer mais ou menos “Pequena e tenra alma vagante, hóspede e companheira do corpo, agora pálida e rígida desapareces, sem poder mais brincar como outrora”. Lá dentro, encontramos muitos membros da família Antonino, como a esposa do imperador, Sabina, o imperador Antonino Pio e sua esposa Faustina Maior, assim como três dos seus filhos, Lucio Hélio César, imperadores Cômodo e Marco Aurélio (e filhos), imperadores Setímio Severo e sua esposa Júlia Domna, bem como seus filhos e por último os imperadores Geta e Caracalla.
Ponte Sant’Angelo, foto de Jimmy Harris
A importância da localização geográfica deste mausoléu foi um fato importantíssimo na história deste monumento. A proximidade ao túmulo de um certo Pedro (sim, o Apostolo de Jesus), que muitas pessoas do mundo todo conhecido vinham a visitar em peregrinação, e sobretudo o fato de ter sido englobado nos Muros Aurelianos do final do III séc. d.C . fizeram com que este monumento chegasse quase íntegro até nós! Imagine que o Mausoléu de Augusto, que fica a poucas centenas de metros deste monumento mas foi totalmente abandonado e hoje encontra-se muito degradada por estar numa posição sem relevância no desenvolvimento urbanístico da cidade de Roma!
Por 150 anos o mausoléu foi mesmo um mausoléu, até que seu destino foi marcado sob o imperadores Honório (395-423) e Arcádio (395-408), quando foi envolvido nos muros aurelianos. A partir deste momento, as características da construção se demonstram fantásticas para ajudar a proteger a cidade dos constantes ataques que sofria, transformando-a em uma fortaleza.
Angelo da ponte de Castel Sant’Angelo, das oficinas de Bernini
O nome com o qual conhecemos hoje este monumento, Castel Sant’Angelo, foi dado no ano de 590, quando em Roma teve um surto de peste negra e o Papa Gregório I, desesperado, organizou uma procissão em uma tentativa de acabar com a doença na cidade. O trajeto da procissão passava pelo mausoléu de Adriano, e no momento em que o Papa e os fiéis se aproximavam ao imponente monumento, diz a lenda, Gregório I viu o Arcanjo Miguel aparecer no céu enterrando sua espada na parte superior do monumento, como sinal de que a peste seria vencida. Mas não é que a peste acabou mesmo depois da procissão? A partir daí, os romanos começaram a chamar de Castel Sant’Angelo o mausoléu de Adriano.
Castel Sant’Angelo no Renascimento
A partir do papado de Alexandre VI (1492-1503), este monumento passeou a ter uma área com função de prisão. No decorrer dos séculos seguintes foi constantemente reformado e cuidado, com a adição dos aposentos papais (Paolo III Farnese), caracterizados por um luxo difícil de imaginar, com uma série de afrescos requintados de Perin Del Vaga, e serviu como refúgio aos tesouros do Vaticano, pois aos poucos, com foram construidos bastioes e o antigo “monumento funerario” de um grande imperado for sendo transformado em um forte!
Venha passear conosco e conhecer o interior deste pedaço importantíssimo da história do Ocidente! No alto deste monumento tem uma lanchonete com uma das mais lindas vistas de Roma (para mim, a mais bonita!), pois nós vamos subir até o topo e ver o arcanjo Miguel de pertinho!
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setembro 13, 2011
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