O Fórum de Trajano é o mais majestoso dos fóruns, construído entre os anos de 107 e 113, após a conquista da Dácia, que hoje chamamos Romênia. Conhecemos o nome de seu arquiteto, Apolodoro, um grego genial de Damasco, que projetou várias obras para Traiano. A visita a estes fóruns dá-se separadamente dos Fóruns Imperiais e da zona arqueológica visitada normalmente no tour Roma Antiga.
Santa Pudenciana e um pouco de sua história – A rua que conhecemos hoje como Via Urbana chamava-se na antiguidade Vicus Patricius exatamente pelo fato de ter construções de patrícios, isto é, de pessoas ricas da na antiga Roma.
Durante a Idade Média contava-se uma lenda na qual São Pedro teria sido martirizado no alto do Gianícolo. Em homenagem ao apóstolo e segundo esta lenda, foi construída a Igreja de São Pedro em Montório – a palavra “Montório” seria uma corruptela da denominação “Monte Áureo”, como era chamado a colina do Gianícolo na Antiguidade.
São Pedro em Montório
No IX século foi construída a primeira igreja dedicada a São Pedro mártir. No último quarto do século XV o rei Fernando II de Aragão mandou construir uma igreja dedicada a São Pedro para susbstitur a igreja medieval.
Supõe-se que a sua arquitetura seja de nomes do calibre de Baccio Pontelli (igreja) e Andrea Bregno (fachada), originalmente com tímpano e rosácea (que ainda existe) e escada com duplo acesso.
Arte e Arquitetura de São Pedro em Montório
Como temos poucas testemunhas do Renascimento em Roma, esta é uma oportunidade para ver uma elegante igreja deste período, muito provavelmente construída com mármore reciclado do Coliseu.
A igreja é pouco iluminada e vale à pena fazer uma doação e pedir para os sacerdotes acenderem a luz (final da nave à direita tem uma campainha). A nave central é larga, nos faz pensar à arquitetura do período após o Concílio de Trento (1545-63) com foco no altar.
Na contra-fachada temos o monumento funerário de Giuliano da Volterra, 1510, da escola de Andrea Bregno.
Na primeira capela à direita da entrada existe um óleo sobre muro da “Flagelação de Cristo” de Sebastiano del Piombo (supostamente feito segundo um esboço de Michelangelo) que é maravilhoso. Se forem nos próximos dias à Galleria Borghese, é interessante comparar a pintura da galleria com o óleo da igreja (muito mais vivaz e emocionante).
Na segunda capela da direita, “Virgem da Carta”, lindo afresco que no passado foi atribuido a Niccolò Circignani (também chamado de Pomarancio, o pintor da linda São Estevão Redondo), hoje atribuida ao Lombardelli. A linda “Coroação de Maria” é da escola do Pituricchio.
Os afrescos da nave da direita são atribuidos a Baldassare Peruzzi, o arquiteto da VillaFarnesina (!).
Na primeira capela da esquerda, temos um afresco de Giovanni De Vecchi de 1594 com as “Estigmas de São Francisco”. A segunda capela tem arquitetura do grande Bernini com o “Êxtase de São Francisco” de um aluno grande mestre. A terceira capela da esquerda tem uma Virgem de Antoniazzo Romano, grande pintor do período renascentista e na quarta capela já “bem barroca”, decoração em gesso do Stefano Maderno que nos prepara para o Barroco que nos espera em Nápoles ou na Sicília.
O teto do transepto é pura matemática e domínio da luz: aqui se vede a maestria do arquiteto que faz com que a luz seja filtrada criando uma atmosfera mística no ambiente inteiro.
Templinho do Bramante, “tempietto del Bramante”
Apesar desta igreja ser um brinco, a sua particularidade é a obra-prima do Bramante, que realizou o “Tempietto” (Templinho em português) no lugar onde supostamente São Pedroteria sofrido o martírio, e por esta razão a planta do pequeno edifício é circular. A data da construção não foi completamente esclarecida; acredita-se que tenha sido entre os anos de 1508-1512. Aqui comemora-se a correta utilização dos elementos clássicos das ordens dóricas e tuscânicas e que fazem deste pequeno templo um exemplo da perfeita relação dos seus volumes que influenciou toda a arquitetura do século XVI. No seu interior o pavimento é cosmatesco e a estátua de São Pedro é de um artista da Lombardia.
Para compreender Roma são necesessários anos de estudo de arte, arquitetura e arqueologia e outros tantos anos para aprofundar este conhecimento e escrever artigos como este. Escolha uma guia profissional pois ela fará uma grande diferença na sua estadia.
Vale à pena visitar esta igreja quando estiver em Trastevere, inciando ou terminando o seu passeio aqui.
Endereço: Piazza di S. Pietro in Montorio, 2, 00153
Horário de abertura: das 08h às 12h; das 15 às18h
#romaemportugues, guia de Roma em português, tours com guia na Italia, viagem incentivo Italia, viagem na italia, viagem na Italia com guia em português, visita guiada em Roma
Viagens de Incentivo, temos sede em Roma
Viagens de incentivo com empresa que tem sede em Roma e trabalha com brasileiros há anos. Entre em contato e peça o seu orçamento!
Viagens de incentivo com agência com sede em Roma e enorme experiência
Obrigada aos nossos clientes, aos fiéis que nos frequentam há alguns anos e aos que esperimentaram os nossos serviços pela primeira vez!
Neste ano teve gente que viu pela primeira vez o Coliseu, ou até o Coliseu e seus subterrâneos! As empresas mais arrojadas escolheram ir à Tivoli, visitar Vila D’Este e Vila Adriana e foi mais um sucesso!
Acompanhamos fiéis à Praça São Pedro para ver o papa e para tomar benção na Capela Sistina.
Inauguramos os passeios em Limousine, que são uma delícia e ótimos para quem está com adolescentes!
Outras pessoas optaram por um passeio VIP aos Museus Vaticanos antes da abertura. Clientes chegaram em vários cruzeiros e tiveram um atendimento personalizado de Gênova, Livorno, Messina, Nápoles e Civitavecchia.
Fomos de Gênova, onde existe o maior centro-histórico da Europa, à Milão e lá também descemos aos subterrâneos do Duomo para conhecer a sua história inteirinha, para depois subir aos seus tetos e depois chegar no Castello Sforza.
De Milão levamos clientes para passear no Lago de Como, em Verona, Bologna e Maranello. Mas também fizemos degustação em Franciacorta e até quem nem curtia vinho tomou e gostou!
Acompanhamos clientes em Veneza para conhecer o Palácio do Duque, suas ilhas e até o bairro judeu e a Sinagoga!
Das queridinhas Siena e San Gimignano nem é preciso falar, pois já são cidades amadas pelo seu patrimônio cultural e enogastronômico há muito tempo!
A grande novidade é muita gente se interessando, finalmente, pela antiga cidade de Óstia Antiga (a Pompéia de Roma), pelo maravilhoso monastério de São Bento em Subiaco, além, claro, da sempre amada Pompéia, Nápoles e Costa Amalfitana! Mas levamos viajantes ao alto do Vesúvio, para caminhar na cratera do vulcão e integrar o passeio à antiga cidade de Pompéia.
Do ponto de visita dos Museus, estamos orgulhosos de clientes com interesse não só pela Galleria Borghese, mas também pelos Museus Capitolinos!
Foi um ano intenso e agradecemos de coração aos nossos queridos clientes. Acho que conseguimos mostrar para você a Itália que a gente ama e conquistar novos apaixonados por este país tão lindo!
Continuamos a trabalhar com as melhores e mais experientes guias e acompanhantes que falam português, demonstrando que somos uma empresa sólida e comprometida com o bem-estar dos nossos clientes, com o objetivo de proporcionar a você uma experiência inesquecível na Itália.
Obrigada Eliane e família, Gilson e amigos, Roberto, Renato, Aline, Carol e todo mundo que viajou com a gente e ao meu “Dream Team” de guias que sempre cuida dos clientes como se fossem seus próprios amigos!
Garanta a sua viagem na Itália com guia em português, não hesite em escrever para Guia Brasileira em Roma para pedir seu orçamento.
Obrigada pela preferência Caros Clientes de 2016!
arqueologia, capitolio, guia de Roma em português, igrejas, italia serviços turísticos, museus de roma, tours com guia na Italia, viagem à Italia com guia
Museus Capitolinos, os museus mais antigos do mundo
Não perca os Museus Capitolinos, os museus mais antigos do mundo. A fundação destes museus é considerada o ato de doação do Papa Sisto IV, em 1471, de algumas esculturas em bronze que estavam nos palácios lateranenses ao povo de Roma, colocadas no Palácio dos Conservadores.
Na metade do século XVI, Papa Pio V quis se livrar de algumas esculturas com temas pagãos e também colocou algumas esculturas neste palácio, sede do poder dos cidadãos de Roma.
post dedicado à família da Eliane e ao querido Roberto Salomão,
que vem à Roma ver o que é Roma
Onde ficam os Museus Capitolinos
Os Museus Capitolinos os ficam bem perto do centro histórico, numa colina que se chama Capitólio e que foi muito importante na história de Roma.
Na mesma colina, temos o Altar da Pátria, a prefeitura de Roma (que, para mim, é a prefeitura mais bonita da Europa), a maravilhosa igreja de Santa Maria in Aracoeli e os Museus Capitolinos, que é o tema de hoje. Os Museus são compostos principalmente por dois grandes palácios,o Palácio dos Conservadores e o Palácio Novo, mas também pelo Palácio Clementino-Caffarelli, Tabularium (que vemos do lado externo durante a visita ao Foro Romano) pela Central de Montemartini (“filial” que fica numa zona que se chama Ostiense e que falaremos num próximo post).
Papa Paolo III solicitou ao Michelangelo o “lifting” dos palácios medievais da praça, que é como os vemos hoje (mas que o próprio Michelangelo não viu pronto!):
O ano de abertura ao público das salas com as esculturas aconteceu sob o papado de Clemêncio XII, em 1734.
O que ver nos Museus Capitolinos
Afinal, o que tem de interessante nestes museus? Pérolas da antiguidade dispostas em salas luxuosamente decoradas, meu amigo!
Para iniciar, a estátua equestre de Marco Aurélio que você vê tão bonita no meio da praça é uma cópia que somente a divina mão de obra italiana poderia ter realizado, para proteger o original, que está… lá embaixo do Palácio dos Conservadores!
Os afrescos dos Museus Capitolinos
Nos luxuosos salões principais temos afrescos do Cavalier d’Arpino (que possuia a oficina onde trabalhou Caravaggio quando chegou em Roma) que contam lendas da fundação de Roma e Tommaso Laureti, com fatos da história de cidade, como a “Vitória do Lago Regillo” e a “Justiça de Bruto”. Na sala dos Horácios e Curiácios foi assinado o Tratado de Roma que instituiu a comunidade econômica européia em 1957.
Como no caso do Antiquário do Palatino, temos peças do Foro Romano, como a famosa cabeça e mãos do imperador Constantino, encontradas na basílica de Constantino ou Maxêncio.
Aa esculturas em bronze dos Museus Capitolinos
A famosa loba em bronze, símbolo da cidade de Roma e que fica na entrada da prefeitura, onde todo mundo tira uma foto, também tem seu original no interior deste museu!
Uma das esculturas mais amadas durante o Renascimento, foi o chamado “Spinario“, imagem deliciosa do garoto que tira um espinho do pé. Um tema extremamente originial de uma escultura eclética em bronze, pois foi realizada no I séc. d.C. em estilo helenístico, mas com a cabeça em estilo do V séc. a.C.
O famoso cavalo em bronze do vicolo delle Palme, escultura do V-VI século a.C., atribuido a Fídias ou ao seu mestre, encontrado em Trastevere, na mesma rua em que foi encontrado o nosso Apoxyomenos dos Museus Vaticanos. Um unicum no seu gênero, eventualmente a mais antiga estátua equestre de um cavalo durante uma parada que chegou até nós.
Bernini nos Museus Capitolinos
A espetacular “Medusa” de Bernini, cuja atribuição ainda é discutida por alguns históricos da arte da série “coisas fáceis para fazer com o mármore”, como diz uma das minhas professoras de História da Arte!
A Pinacoteca dos Museus Capitolinos
Na Pinacoteca temos ainda uma das tantas versões de um São João Batista, do Caravaggio; Tiziano e Rubens. No Palácio Caffarelli-Clementino temos a coleção Santarelli, famosa por abranger peças do antigo Egito, da cultura greco-romana e pelas incisões em pedra tipo camafeus.
O ápice do Museu está no andar inferior
Sem dúvida é uma enorme emoção descer ao andar inferior e ver as fundações do antigo templo de Júpiter. La você verá a maquete em plexiglass do antigo templo dedicado a Júpiter!
Endereço:
Museus Capitolinos
Piazza del Campidoglio 1
Horário: Todos os dias, 9.30h – 19.30h
Fecho mais cedos: 24 e 31 de Dezembro das 9.30h -14.00h
Entrada: € 15 inteiro e €13 meia
Entrada combinada com a Centrale Montemartini: € 16 inteiro e €14 meia
Como em quase todos os museus, a bilheteria encerra as vendas uma hora antes do fecho.
Particularidade: Cafeteria e restaurante com excelente com vista linda sobre a cidade de Roma.
Garanta a sua viagem na Itália com guia em português da mais alta qualidade; não hesite em escrever para Guia Brasileira em Roma para pedir seu orçamento.
Museus em Roma:
Museu Etrusco
Galleria Borghese
Museu Barraco
Palácio Máximo
guia de Roma em português, historia do cristianismo, idade media em roma, igrejas de roma, italia serviços turísticos, tours com guia na Italia, viagem na Italia com guia em português
Basílica de Santa Prassede
Perto da Basílica de Santa Maria Maior, escondidinha numa rua sem movimento e atrás de uma discretíssima fachada, encontramos a entrada lateral para a Basílica de Santa Prassede.
Dedico este post à Fátima e Socorro.
Nave central da Basílica de Santa Prassede
Os textos da igreja que narram a vida dos mártires afirmam que a santa viveu entre os século I e II e era filha de um importante senador, Prudente. A lenda nos diz que Pudente e seus filhos (Prassede, Pudenciana, Novato e Timóteo) foram convertidos por São Paulo e que Prassede recolhia o sangue dos mártires com uma esponja.
A família inteira foi martirizada durante as perseguições do imperador Antonino Pio e enterrada nas Catacumbas de Priscila.
Esta é uma igreja para quem tem interesse em mosaicos, ou está se apaixonando por essa maravilhosa técnica utilizada na Roma medieval; para quem deseja ver o tipo de arte realizada no período conhecido como renascença carolíngea (termo obviamente inventado por um francês, Jean-Jacques Ampère, no final da primeira metade do século XIX).
Do ponto de vista dos fiéis, trata-se de uma igreja importante de Roma, pois diz-se que esta teria sido construída sobre o titulus praxedis (casas onde aconteciam as reuniões dos cristãos) , que segundo a tradição era a filha do senador Prudente, um pagão convertido pelo apóstolo Paulo mencionado em uma das suas cartas, 2 Timoteo, 4 21. Roma é história viva da igreja.
Os arcos e o cibório com a quantidade imensa de mosaicos maravilhosos!
Em torno ao ano de 780, o papa Adriano I mandou resturuturar a igreja e o papa Pasqual I, no primeiro ano do seu pontificado, mandou fazer uma segunda alteração na cripta da igreja para que recebesse as relíquias dos santos mártires.
Sarcófago estrigilado com as relíquias
das santas Prassede e Prudenciana na cripta
A parte da decoração mais impressionante desta basílica são os mosaicos de mãos espertas bizantinas, do IX século.
O arco triunfal tem a representação do Cristo com os apóstolos, Moisés, Elias, os anjos e os eleitos.
Arco triunfal, detalhe, Basílica de Santa Prassede
O arco absidal tem os símbolos dos evangelistas, o Agnus Dei, os sete candelabros e os cavalheiros do Apocalipse.
Arco absidal da Basílica de Santa Prassede
No catino da ábside, temos Cristo com os santos Pedro, Pudenciana, Diacono, Paulo, Prassede e o papa Paqual I. Na parte superior deste grupo, a mão de Deus oferece a coroa da vitória a seu filho.
Espetacular a Capela de São Zenão que Pasqual I mandou contruir para sua mãe, Teodora. Veja o mosaico que representa Teodora com as santas e a Virgem.
Mosaico da Capela de São Zenão com Teodora,
e a Virgem Maria entre as Santas Prassede e Pudenciana
O teto desta capela é maravilhoso com o Cristo dentro do círculo, apoiado a quatro anjos:
Teto da Capela de São Zenão
Essa basílica é famosa por conter as relíquias de dois mil e quinhentos mártires.
Aqui também temos um retrato feito por Bernini, com apenas 17 anos, no monumento fúnebre de Giovan Battista Santoni.
Para o seu roteiro personalizado na Itália com guia em português não hesite em escrever para Guia Brasileira em Roma para pedir seu orçamento.
curiosidades de Roma, dicas de Roma, guia de Roma em português, igrejas, igrejas de roma, viagem na Italia com guia em português
Igreja do Sagrado Coração em Sufrágio
O estilo neogótico da Igreja do Sagrado Coração em Sufrágio na margem do rio Tibre é mais um exemplo da paixão por este estilo no século XIX e vale muito à pena visitá-la. Por causa da semelhança com o Duomo de Milão, ela foi apelidade de “Pequeno Duomo” (Piccolo Duomo).
Esta construção foi inaugurada no ano de 1917 e dedicada ao Sagrado Coração de Jesus em
Sufrágio das Almas.
Vale sempre à pena lembrar que Roma não tem igrejas góticas, pois a única fica na Via Appia e tem apenas quatro paredes, pois nem teto existe mais!
A linda rosácea
Logo vemos que esta “miniatura” de duomo tem uma maravilhosa rosácea, três naves e um campanário octagonal, número que é sempre um programa à parte!
A fachada foi inteiramente feita em cimento e apesar da pequena dimensão, não podemos não percebê-la no trânsito louco da marginal do rio, por seus pináculos e agulhas, tão pouco comuns em Roma.
O maravilhoso interior da igreja com as colunas em mármore rosso di Verona
com faixas de mármore verde
Interessante o que aconteceu depois do incêndio de 1894, antes da inauguração da igreja: o padre Jouet encontrou na parede da capela da Virgem do Rosário uma mancha causada pelas chamas que parecia um rosto que expriimia sofrimento. O padre interpretou-a como um desejo das almas do purgatório em entrar em contato com os vivos para pedir rezas que facilitassem a passagem destas almas ao paraíso.
A fachada da Igreja do Sagrado Coração em Sufrágio
A partir daí, padre Jouet iniciou uma pesquisa em busca de testemunhas sobre tentativas de almas em entrar em contato com o mundo dos vivos e criou um museu com objetos e suas histórias aqui dentro: trata-se de marcas de mãos sobre objetos, tecidos de pessoas que afirmam ter tido contato com pessoas no além. Comum à todas as histórias são as almas que pedem rezas para que possam continuar a sua viagem em paz, já que tiverem uma vida pouco pia e encontram dificuldades em prosseguir.
As colunas em mármore rosso di Verona
e os arcos em ogiva
Por incrível que pareça, este pequeno museu foi aprovado pelo Papa Pio X (1835-1914) com a intenção de divulgar a possibilidade do contato com as almas do além.
É entrar para uma reza e ajudar estas pobres almas e ver para crer!
Fantástica decoração das mãos do próprio arquiteto que desenhou a igreja.
O endereço é Lungotevere 18.
Para o seu roteiro personalizado na Itália com guia em português não hesite em escrever para Guia Brasileira em Roma para pedir seu orçamento.
guia de Roma em português, guia de turismo em roma, historia do cristianismo, idade media em roma, igrejas de roma, viagem à italia
Basílica de São Lourenço Fora dos Muros
A Basílica de São Lourenço Fora dos Muros é uma das cinco basílicas patriarcais de Roma e um verdadeiro tesouro de preciosidades artísticas, históricas e religiosas no bairro de São Lourenço. O túmulo de São Lourenço teve seu acesso facilitado pelo imperador Constantino. Somente quase 300 anos depois foi construída a primeira basílica, hoje chamada de “pelagiana”. O edifício que vemos hoje foi construída em dois tempos, e é por isso é difícil interpretar os seus planos e ambientes. No século XIX adicionaram a sepultura do Papa PIo IX, o que acrescenta mais um nível de dificuldade na interpretação da sua arquitetura.
Quem foi São Lourenço
São Lourenço morreu mártir durante o principado do Imperador Valeriano, no ano de 258. As fontes da sua hagiografia (descrição da vida dos santos) nos contam que ele teria sido grelhado vivo. Por esta razão ele é sempre representado segurando uma grelha, o objeto do seu martírio. No Juizo Final do Michelangelo , São Lourenço aparece logo abaixo do maravilhoso Cristo, levemente à esquerda:
São Lourenço foi martirizado por não querer entregar ao imperador tesouros da igreja que eram distrubuidos à viúvas, órfãos e pobres na sua diaconia. A igreja surge sobre a sepultura do santo no interior de catacumbas que não existem mais, comemorado dia 10 de Agosto, dia da sua morte.
Fachada de São Lourenço Fora dos Muros hoje, foto de Georg Schelbert
Primeira fase de construção da Basílica de São Lourenço Fora dos Muros
A primeira construção também nos manda ao período do Imperador Constantino, o que faz desta basílica uma preciosidade paleocristã. A parte atrás e abaixo do altar (presbitério) é onde encontramos a antiga basílica do Papa Pelágio, do VI século, e a nave central foi construída por Onório III.
A fachada sóbria de tijolinhos com o pórtico provavelmente realizado pelos Vassalletto, realizada em torno ao ano de 1220 e infelizmente destruída durante a II Guerra Mundial no triste bombardamento do bairro de São Lourenço.
Foto histórica de Wikipedia do séc. XIX, onde podemos ver os mosaicos que enfeitavam a fachada
Alguns detalhes da decoração
No pórtico, vemos os excepcionais dois leões do antigo prótiro – comum na Idade Média mas poucos chegaram até nós! Além de significar força, na simbologia cristã o leão tinha a função simbólica de defender o espaço sagrado. Jesus foi descrito no livro do Apocalipse como “o Leão da Tribo de Judá” (Apocalipse 5,5) e na iconografia medieval é símbolo da justiça de Deus.
Assim que entramos na igreja vemos à esquerda a tumba do Cardeal Guglielmo Fieschi (1253), monumento com sarcófago do século III e baldaquino cosmatesco.
Tumba do Cardeal Guglielmo Fieschi, São Lourenço Fora dos Muros
Eu, no meu habitat natural, fotografando SEM FLASH a torto e a direito (:
Ambão e candelabro pasqual, também cosmatescos, realizado pelos Vassalletti
Incrível a plataforma que sustenta o altar maior, construída na segunda fase, por papa Onório III. Na parte superior, a cátedra episcopal e na parte inferior, a sepultura de São Lourenço.
Cátedra episcopal, trabalho dos Vassalletti, em estilo cosmatesco
O maravilhoso mosaico que vemos no arco do triunfo de Cristo com santos é de mão-de-obra do VI século, da basílica bizantina
.
Mosaico do arco do triunfo, Basílica de São Lourenço Fora dos Muros, verdadeira preciosidade
A excursão poderia continuar pelo pátio, catacumba de Santa Ciriaca e explorando a parte inferior da chamada basílica pelagiana… mas a este ponto se quiserem uma visita completa, entre em contato com a gente!
Para compreender Roma são necesessários anos de estudo de arte, arquitetura e arqueologia e outros tantos anos para aprofundar este conhecimento e escrever artigos como este. Escolha uma guia profissional pois ela fará uma grande diferença na sua estadia.
Para fazer um tour na Itália com guia de turismo em português não hesite em escrever para Guia Brasileira em Roma para pedir seu orçamento.
catacumbas, guia de Roma em português, historia do cristianismo, italia para brasileiros, italia serviços turísticos, subterrâneos de Roma, tour com guia particular, viagem na Italia com guia em português
As Catacumbas de Domitilla
«Anima Dolcissima»
epitáfio em lastra funerária das Catacumbas de Domitilla
O caminho da arte para que se chegasse na qualidade de um trabalho artístico do nível da Capela Sistina foi parte de uma grande percurso ético e religioso que ocorreu no mundo romano, com a chegada do cristianismo.
As catacumbas não serviam como esconderijos; eram simplesmente lugares onde os primeiríssimos cristãos enterravam os mortos, na espera do juízo final, da ‘nova vida’ após a morte.
A palavra catacumba vem do grego, “kata” e “kumbe” e pode ser traduzida como “na cavidade”.
As catacumbas foram realizadas por motivos a) práticos; b) econômicos e c) higiênicos.
Giulia (e eu), companheira fiel de excursões pelos quatro cantos de Roma!
Neste contexto encontramos sinais das mais antigas simbologias utilizadas por estes primeiros cristãos, que, sim, eram perseguidos por uma série de razões que não cabe discutir aqui neste momento, e que para assegurar o “sono” dos seus caros em contraposição à incineração dos corpos.
Os defuntos eram enterrados tratados com bálsamos e envolvidos em tecido, para depois serem depositados nos loculi das catacumbas, que aos poucos se transformavam em imensas (mas quando digo “imensas”, falo de 17km de ruas subterrâneas) galerias cavadas nos hipogeus de terrenos que eram normalmente doados ou emprestados por famílias abastadas que tinham se convertido ao cristianismo e que dispunham de espaços para realizar estes “cemitérios primitivos”.
As catacumbas foram desde o início adornadas com alguns símbolos, que eram naturalmente ligados às religiões pagãs, e é isso que eu adoro ir apreciar nestes fantásticos lugares: a transformação do simbolismo pagão no simbolismo da nova religião!
O “bom pastor”
Durante os séculos VIII e IX, as catacumbas foram abandonadas e a memória da sua existência ficou perdida na noite dos tempos, até o século XVI, quando foram casualmente re-descobertas!
Basílica, Catacumbas de Domitilla
Em particular, as catacumbas de Domitilla, perteciam à Flavia Domitilla, que era parente do Imperador Domiziano (81-96), que por sua vez não era “nem um pouco cristão”, aliás ele foi responsável por cruéis perseguições aos cristãos durante o seu reinado, e Flávia foi exilada na Ilha de Ventotene!
Relembro aqui, que as piores perseguições aos cristãos ocorreram sob Nero, Décio, Valeriano e Diocleciano.
Basílica, Catacumbas de Domitilla
Papa Damásio (305 – 384) mandou construir uma basílica no ano de 366 nas Catacumbas de Domitilla, que é o que vemos hoje quando descemos ao primeiro andar da estrutura hipogea. Depois do abandono do IX século, ela foi descoberta somente em 1902-1903, pelo Monsenhor Wilpert.
Interessante observar as incisões nas colunas na frente do altar, que formavam um cibório que continha no seu interior os espólios dos santos mártires soldados Nereu e Aquileu.
Basílica, Catacumbas de Domitilla
A estrutura da basílica foi reconstruída após a sua descoberta no século XX, e possui pequenas janelas no alto; entretanto, os arqueólogos que estudam estas catacumbas afirmam que a estrutura original possuía grandes janelas que iluminavam o seu interior.
O Hipogeu dos Flávios foi construído entre os anos de 390 e 395, remodelando (para não dizer “destruindo”) antigas estruturas existentes no interior destas catacumbas.
Hipogeu dos Flávios, Catacumbas de Domitilla
O hipogeu dos Flávios possui uma planta retangular em um dos corredores, onde acredita-se que na parte interna às catacumbas foram depostos os corpos de seus escravos; os loculi maiores, deveriam conter os espólios dos integrantes da família.
Hipogeu dos Flávios, Catacumbas de Domitilla
Um dos afrescos mais interessantes que encontramos aqui é o de “Amor e Psiquê“, que são um ótimo exemplo de ponte iconográfica entre o mundo pagão e a aurora do mundo cristão: a alma se salva depois de provas árduas superadas durante a vida.
Hipogeu dos Flávios, Catacumbas de Domitilla
A vasta simbologia que encontramos nos afrescos e a história que estas paredes nos contam se tornam legíveis quando uma guia nos acompanha durante o emocionante percurso; estas linhas não são nada além de uma pincelada que tenta incentivar a visita às catacumbas, como parte fundamental de uma visita à Roma.
Pomba, afresco
Pomba, afresco
Basílica, Catacumbas de Domitilla
Basílica, Catacumbas de Domitilla
Detalhe de túmulo, Catacumbas de Domitilla
Para compreender Roma são necesessários anos de estudo de arte, arquitetura e arqueologia e outros tantos anos para aprofundar este conhecimento e escrever artigos como este. Escolha uma guia profissional pois ela fará uma grande diferença na sua estadia.
De brasileiros para brasileiros na Itália: reserve aqui a sua guia de turismo que fala português
Entrada: € 8,00 ou € 5,50 (crianças)
A “Bocca della Verità” é uma grande máscara de mármore pavonazzetto (mármore branco com estrias de cor violácea escura, como na cauda dos pavões), em exposição no pronaos (termo utilizado para designar a antecâmera do templo grego, podemos aqui simplificar, dizendo que seria a área retangular logo antes da entrada da igreja) da Igreja de Santa Maria em Cosmedin, desde 1632.
(Se você gostar de mármores, leia o artigo sobre os mármores antigos!)
Bocca della verità
A famosa máscara da Bocca della Verità
A “mascarona” representa um rosto masculino com barba; olhos, nariz e boca são cavidades na placa de mármore. O rosto foi interpretado ao longo dos anos com representação de diferentes personagens: Júpiter-Amon, o deus Oceano, um oráculo ou um fauno.
O fantástico interior da Igreja de Santa Maria in Cosmedin, com o pavimento Cosmatesco
Na Roma Antiga, a máscara era uma espécie de ralo, que naquela época tinham comumente a forma de uma divindade pluvial.
Durante a Idade Média, a máscara atingiu uma fama legendária: acredita-se que seja este o objeto mencionado no século XI nos primeiros Mirabilia Urbis Romae (uma guia medieval para pelegrinos!), onde à Bocca foi atribuido o poder de pronunciar oráculos. Nesta guia estava escrito: Ad sanctam Mariam in Fontana, templum Fauni; quod simulacrum locutum est Iuliano et decepit eum (“Na Igreja de Santa Maria em Fontana encontra-se o templo do Fauno. Esta máscara si pronunciou a Juliano e o enganou”).
Um texto alemão do século XII conta de um mito sobre o Imperador Juliano, que se declarou pagão apesar de sua fé católica, descrevendo detalhadamente como o diabo, através daquela boca tivesse segurado longamente a sua mão, que por sua vez teria engando uma mulher e na frente da máscara teria que jurar a sua boa fé, prometendo-lhe de recuperar a sua reputação e de dar-lhe muita proteção se ele voltasse a instituir o culto pagão no Império Romano.
Ainda na Idade Media, uma legenda contava como Virgilio mago (um mago de uma lenda desenvolvida no norte da Europa) construiu a Bocca della Verità para que os maridos e esposas pusessem à prova a fidelidade do cônjuge.
No século XV, viajantes italianos e alemães se lembram, bastante convencidos, que esta pedra “chamada lápide da verdade tinha antigamente o poder de mostrar se uma mulher tivesse traído seu marido”.
Em uma outra lenda alemã do XV século, encontramos uma estória sobre a máscara que não ousou morder a mão de uma imperatriz romana que, mesmo que tivesse de fato traído o seu marido imperial, a engana com a sua lógica. Legenda ou fato? Mistérios de Roma…
Boatos populares conhecidos falavam de uma mulher infiel que tinha sido levada à Bocca della Verità pelo marido que suspeitava da sua esposa, para colocá-la à prova, mas que tinha conseguido salvar a sua mão com a sua inteligência: pediu ao amante que no dia em que fosse levada pelo marido para a prova de fogo se apresentar no local, fingir-se de louco e abraçá-la na frente de todos.
Assim, a mulher pode jurar tranquilamente ao inserir a mão na Bocca, que tinha sido abraçada somente por seu marido e por aquele homem que todos tinham visto, mesmo sendo culpada de adultério.
O nome Bocca della Verità apareceu em 1485 e a escultura tem sido desde então mencionada entre as curiosidades romanas, tendo sido reproduzida em desenhos e estampas. Daí podemos dizer que originalmente a escultura estava posicionada fora do pórtico da igreja e foi colocada dentro do pórtico no restauro feito pelo Papa Urbano VIII, Barberini, em 1631.
Os turistas ainda hoje formam enormes filas para serem fotografados com a mão dentro da “boca mágica”, o que nos faz pensar que esta curiosidade esteja inserida em diversas guias e até nos passeios mais curtos por Roma! Nós preferiríamos entrar na igreja, que é linda e cheia de pavimentos cosmatescos!
Monumentos importantes aqui perto:
Templo de Portunus: https://www.romaemportugues.com.br/templo-de-portunus/
São Nicolau em Cárcere: https://www.romaemportugues.com.br/basilica-de-sao-nicolau-em-carcere/
Teatro Marcelo: https://www.romaemportugues.com.br/teatro-marcelo/
Para compreender Roma são necesessários anos de estudo de arte, arquitetura e arqueologia e outros tantos anos para aprofundar este conhecimento e escrever artigos como este. Escolha uma guia profissional pois ela fará uma grande diferença na sua estadia.
Sobre mim
Olá, eu sou a Patricia e me apaixonei por Roma em 1994, quando ainda era uma estudante de Artes Plásticas em Hamburgo. Desde então fiz várias viagens para estudar a Cidade Eterna e em 1998 me mudei para cá. No Turismo estou desde 2007, quando comecei a trabalhar com alemães. Sou guia credenciada em Florença e Roma e este blog é um elogio muito pessoal sobre a minha paixão pela cultura Clássica. Na minha equipe trabalham as melhores guias que falam português nas principais capitais italianas, escolhidas a dedo por mim ao longo dos anos.
Busca no Blog
setembro 13, 2011
Assuntos tratados
afresco afrescos romanos agua arqueologia arredores de roma barroco em roma bate e volta Bernini Caravaggio centro histórico de Roma comer em roma compras em roma curiosidades de Roma dicas de Roma escultura Florença guia brasileira guia brasileira em roma guia de Roma em português guia de turismo na Italia historia do cristianismo idade media em roma igrejas igrejas de roma italia para brasileiros italia serviços turísticos Museus museus de roma passeio cultural roma Passeios alternativos em Roma roma ao ar livre sicilia subterrâneos de Roma Toscana tour com guia particular tours com guia na Italia trastevere Uncategorized viagem incentivo Italia viagem na italia viagem na italia com guia viagem na Italia com guia em português viagem à Italia com guia visita guiada em Roma visita guiada Museus Vaticanos
Página Fan no Facebook
Guias de turismo particulares em outras cidades européias
Rafaella em Hamburgo:
http://viagemhamburgo.com/
Nicole e Pacelli em Berlim:
http://www.agendaberlim.com/
Camilian em Munique;
http://www.destinomunique.com.br/
Cristina em Barcelona:
http://www.soldebarcelona.es/
Rita, no Porto
http://www.oportoencanta.com
Priscila e Rafael em Lisboa
https://www.cultuga.com.br
Andrea em Madri:
http://www.descubramadrid.com
Osimar em Paris:
osimarpinheiro@gmail.com
Laura em Paris:
Monica em Londres:
Transfers em Paris:
Monica em Londres:
http://www.inlondonlondon.com/
Tina em Londres
https://londrespravoce.com/contato/
Gisele na Suécia
http://viajarpelaeuropa.eu/
Juliana na Suíça:
http://www.euandopelomundo.com/
Tina em Londres
https://londrespravoce.com/contato/
Gisele na Suécia
http://viajarpelaeuropa.eu/
Juliana na Suíça:
http://www.euandopelomundo.com/
Magê em Milão
Posts recentes
- Melhores sorvetes de Roma fevereiro 26, 2021
- Curso história online Itália setembro 5, 2020
- Visitar Bolonha! novembro 27, 2019
- Canova, Eterna Beleza novembro 3, 2019
- Museu das Termas de Diocleciano outubro 24, 2019