Roma também teve uma acrópole com seus templos na antiguidade, no Capitólio. Conhecer Roma é descobrir sobre esta importante colina, onde hoje é a prefeitura. Na antiga acrópole de Roma, existe a Igreja de Santa Maria in Aracoeli, os Museus Capitolinos e o famosíssimo e odiadíssimo monumento Altar da Pátria.
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A acrópole de Roma: Capitólio
O trabalho do blogger é, em primeiro lugar um trabalho solitário: eu gosto de uma coisa e quero comunicar ao mundo como eu vejo aquela coisa. O fato de encontrar pessoas que têm a mesma paixão por viagens e moram na Europa é uma experiência impagável. Além de termos muitas coisas em comum, todos nós temos pontos fortes e fracos e enfrentamos dificuldades semelhantes no dia a dia da profissão. O fato de poder trocar informações é extremamente enriquecedor, sobretudo em um ambiente construtivo que caracteriza essa “creatura” chamada III Encontro Europeu de Blogueiros Brasileiros que nasceu em 2014 em Barcelona e teve a sua III edição neste ano em Berlim.
Foto: Luis Felipe Minnicelli, luisfelipeminnicelli
Nicole, Pacelli (http://www.agendaberlim.com) e Claudia (http://www.brasileiros-mundo-afora.com/) organizaram um final de semana em Berlim para 60 blogueiros, com palestras e uma programação para nos aproximar uns dos outros, viabilizando futuros projetos e colaborações, além de muita diversão na deliciosa capital alemã. Eles até conseguiram o patrocínio de empresas que acreditaram no projeto e na nossa força e facilitaram estadia, almoços e locomoção pela cidade, com direito à degustação em uma microcervejaria com produção própria no coração de Berlim.
Indo ao Circus Foto: Luis Felipe Minnicelli, luisfelipeminnicelli
Sexta feira cheguei na cidade e nosso primeiro encontro foi um passeio por Kreuzberg com a Nicole (Agenda Berlim, link abaixo). Desde que iniciei a trabalhar com passeios guiados na Itália em 2007 acredito que passear com alguém que mora e estuda a cidade é a melhor coisa do mundo, pois nos dá coordenadas importantes que podemos utilizar depois nas explorações da cidade – acredito tanto nisso que esta atividade é o meu ganha pão há seis anos.
Os organizadores Pacelli, Nicole e Claudia – Foto: Luis Felipe Minnicelli, luisfelipeminnicelli
À noite tínhamos este encontro no Circus Hostel Berlin para tomar a cerveja feita por eles: o fim de semana inciava já com um presentão! Meus parceiros de conversa longa foram o Rodrigo da Trupe da Trip (link abaixo, no pessoal da Alemanha) e o Edson do Ligado em Viagem (link também abaixo), e pelo teor da conversa já senti que estava no lugar certo!
No sábado, após entrarmos na sala de palestras da Digital Eatery, no super-endereço “Unter den Linden”, com a decoração super caprichada, brindes dos patrocinadores e nossos crachás, fomos recebidos pelos organizadores Claudia, Nicole e Pacelli… e começou!
O Daniel Duclos do Ducs Amsterdam(link abaixo) contou sobre a sua façanha de explorar as possibilidades de seu blog a 360°C, e além de tudo incluir toda a galera que mora na Holanda. Entre tantas outras coisas, a importante tarefa de estabelecer metas (e eventualmente cumpri-las!) sistematicamente eouvir como ele lida com o problema da divisão do tempo entre família e dedicação ao trabalho foram para mim fundamentais. Percebi como neste momento estou fazendo o trabalho de 4 pessoas e vou ter uma vida muito curta; estou já tratando com possíveis colaboradores.
Com certeza a grande estrela foi o Erick do blog Eurodicas (link abaixo), o “homem-domador-de-unicórnios” fala de SEO e otimização de blogcomo se estivesse contando sobre a lista de compras da feira. E o meu está todo errado, mas ele já vai corrigir tudo isso!
A Priscila e o Rafael do Cultuga trouxeram dicas sobre a produção de conteúdo e crise de creatividade. A Juliana(Eu ando pelo Mundo) e a Rita(O porto encanta) contaram sobre uma parceria fantástica que fizeram para um projeto de caminhadas. Eu sou apaixonada por caminhos e apesar de morar há 18 anos na Itália, conheço muito melhor os pequenos caminhos de Cascais à Sintra e a uma rota na Dordogne (de Domme a Lascaux), por ter trabalhado em 2009 para uma grande empresa inglesa que só organiza viagens à pé. Agora que encontrei estas duas, já quero trazê-las para caminhar comigo pela Itália!
III Encontro Europeu de Blogueiros Brasileiros – Foto: Claudia, do Brasileiros Mundo Afora
Minhas capacidades técnicas são extremamente limitadas e por isso foi muito bom ouvir a discussão moderada pela Rode Veiga (Entre duas culturas) sobre redes sociais. No palco e super-entusiasmadas, Gisele Almeida (Viajar pela Europa), Isabela Discacciati (Italia per Amore), Leticia Diethelm (Viva Viena), Suzana Paquete (That Good Trip) e Camilian Pereira (Destino Munique)arrasaram com suas intimidades com Twitter, Snapchat, Facebook, Instagram e Youtube.
III Encontro Europeu de Blogueiros Brasileiros – Foto: Claudia, do Brasileiros Mundo Afora
O nosso almoço neste dia foi gentilmente oferecido pela GetYourGuide; e assim que acabou, já não éramos mais os mesmos que alí tinham chegado pela manhã! Tínhamos adquirido uma grande quantidade de insights para melhorar nossos blogs, feito vários contatos para futuros projetos e sobretudo estávamos altamente motivados para continuar fazendo o nosso trabalho.
E lá fomos nós para o Scandic Hotel, conversando e curtindo a cidade, a lua linda e o frio que na Alemanha funciona como dois tapas nas bochechas que te deixa ligadão como você nunca esteve na sua vida!
III Encontro Europeu de Blogueiros Brasileiros – Foto: Claudia, do Brasileiros Mundo Afora
O Scandic deu seu show de profissionalidade com uma recepção de primeira, seu pessoal nota 10 e uma super comida. Tive, então, mais uma surpresa com a distribuição de brindes que blogueiros tinham trazido de seus países. Como estava na mesa vencedora, meu prêmio foi… um visita guiada com a Rê Autran do As Viagens da Rê – não podia ser mais perfeito como presente!
III Encontro Europeu de Blogueiros Brasileiros
No final da noite ainda consegui responder a e-mails, comprar tickets e organizar tours em Roma antes de dormir, pois estava galvanizada com os acontecimentos do dia.
Domingo de manhã as palestras já tinham acabado e o nosso programa era subir no Panorama Punkt, que presenteou a todos nós com a subida de elevador, um must em Berlim.
O terraço sobre dois andares tem uma vista incrível e fizemos zilhões de fotos, blogueiros de blogueiros, fanáticos de selfies despararam por todos os lados e teve até sessões de Snapchat para os fiéis seguidores. Foi uma farra; assim como foi o máximo tomar um café/prosecco no bar deles antes de pegar o elevador para descer e curtir mais um pouco a cidade com os novos amigos.
Luis Felipe Minnicelli e Claudia, do Brasileiros Mundo Afora trabalhando
Apesar de ter pensado de fazer o tour do bairro judeu com a Nicole, tinha que finalizar umas conversas com as italianas do grupo que moram longe mim, por isso dia 18.01.2017estarei em Berlim para recuperar este tour, ouviram, Casal 20, Nicole e Pacelli? Estou brincando, a gente se fala!
Segunda-feira ainda deu para ir dizer um tchau ao pessoal que conseguiu alongar bem a viagem e andar de Trabi (o carrinho da ex-Alemanha Oriental) e conhecer o Thierry Noir, que foi o primeiro artista a pintar o muro de Berlim, em 1984.
Olha lá, se não fosse o Pacelli&Cia. o carro não partia!
Este foi o presente dos organizadores que fechou com chave de ouro este mega-evento incrível: não sei como agradecê-los por essa oportunidade, pelo cuidado, atenção e profissionalidade que tiveram ao realizar este evento!
Obrigada do fundo do meu coração aos partecipantes por me fazerem sentir em ótima compagnia!
Note que a Martinha já está rindo antes de tomar o “happynizer” que nos ofereceram lá – e que eles vendem!
Nos vemos em Paris!
Links aos blogueiros que participaram do III Encontro Europeu de Blogueiros Brasileiros (valeu Rafa do Viagem Hamburgo!):
Alemanha
Agenda Berlim (Nicole e Pacelli) – Backpackingalone (Raquel) – Brasileiros Mundo Afora (Claudia) – Claudias Welt (Claudia) – Conexão Berlim (Dulcineia) – Destino Munique (Camilian e Rodrigo)- Entre Duas Culturas (Rode) – Grossa, Eu? (Katia) – Ligado em Viagem (Edson) – Maria de Lux (Rafaella) – Trupe da Trip (Rodrigo) – Viagem Hamburgo (Rafaella) – Viagem Jovem (Gabriele) – Viajando por Aí e Vou para a Alemanha (Márcia e José) – Viajoteca (Carina) – Um Casal na Alemanha (Patricia)
Áustria
Femme Volátil (Kely) – Viva Viena (Leticia)
Espanha
Almost Locals (Sarah) – Barcelona Emociona (Helianny) – De Café por Barcelona (Mônica) – Manaira Araujo – Sol de Barcelona (Cristina) – That Good Trip (Suzana) – Blogueiros Madrid
França
Direto de Paris (Renata) – SOS Viagem (Louise) – Viajoteca (Martinha)
Holanda
Ana de Amsterdam (Ana Paula) – Ducs Amsterdam (Daniel) – Turista Fulltime (Regina)
Inglaterra
Blog Brazuka (Karine) – Catálogo de Viagens (Liliana) – Londres com Crianças (Carolina) – Londres pra Você (Tina) – No Mundo da Paula (Paula) – Sete Mil Km (Thais)
Irlanda
Ká Entre Nós (Karine)
Itália
Em Roma (Ingrid) – Guia de Roma (Patricia) – Italia per Amore (Isabela) – Milão nas Mãos (Magê) – Viva Toscana (Barbara)
Portugal
Aqueles que Viajam (Naiara) – Cultuga (Priscila e Rafael) – Euro Dicas (Erick e Fabiane) – O Porto Encanta (Rita) – Rumo a Madrid (Juliana) – Trend Tips (Luli) – Rumo a Lisboa (Juliana)
República Tcheca
Praga Boêmia (Raquel)
Suécia
Viajar pela Europa (Gisele, Vanessa e Daniel)
Suiça
As Viagens da Rê (Renata) – Brasileiros Mundo Afora (Marisa) – Eu Ando pelo Mundo (Juliana) – Me Joguei no Mundo (Monique)
Agradeço também todos que facilitaram demais a nossa vida em Berlim:
O fotógrafo Luis Felipe Minnicelli, luisfelipeminnicelli
Siga as fotos dos 60 blogueiros que participaram do III Encontro Europeu de Blogueiros Brasileiros nas mídias com os hashtags abaixo!
Scandic: #scandicberlin #scandicblogger
VisitBerlin: #visit_berlin
Microsoft: #microsoftdeutschland #thedigitaleatery
GetYourGuide: #getyourguide #getyourguideberlin
The Circus Hostel: #circushotel #circushostel #circusberlin #circusbeer
Panoramapunkt: #panoramapunkt
NoirBerlin: #noirberlin #trabinoir
Holmes Place: #holmesplace
Frau Tonis Parfüm: #frautonisparfum
Ritter Sport: #rittersport
Compartilho nesta matéria uma dica para alugar apartamento em Roma. Quem acompanha o blog sabe que amo Trastevere, o bairro onde moro desde 2002. Obviamente não poderia amar uma zona de uma cidade somente por que existem bares e restaurantes; a história de Trastevere é muito antiga e hoje temos traços do período imperial e da grande quantidade de mártires e judeus convertidos que aqui viveram (tour Trastevere), titula e igrejas fundadas na Idade Média. É por isso e pelas razões mais imediatas, como as famosas floreiras e bouganvilles (ou primaveras) que enfeitam as sacadas que o viajante fica imediatamente apaixonado por este bairro.
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Vai aqui uma dica de apartamento de um amigo meu que é ideal para casais ou casais com filhos numa zona super bem localizada de Trastevere.
O apartamento está na Via della Luce, na frente de ruínas romanas, a 5 minutos do bonde que leva à Praça Venezia – e de lá se vai ao Coliseu ou às famosas praças ou às ruas de comércio. Até para ir à Óstia ou São Paulo Fora dos Muros o apartamento é bem localizado!
Cozinha
Quarto
Naturalmente estamos falando de uma linda caminhada de apenas 30 minutos para a Basílica de São Pedro.
Obviamente os melhores restaurantes e deliciosos cafés, sorveterias (5 minutos da Mary de Caravaggio!) e de tudo o que este bairro oferece, com as mais práticas conexões para o centro histórico de Roma ou para o aeroporto de Roma Fiumicino!
Quarto visto do banheiro
Mesa da cozinha, cozinha e sacada
Ducha
Escreva para o Vincent, frenguelli.alex [arroba] gmail.com, em italiano, inglês ou francês!
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Museu Nacional Romano do Palácio Máximo
Palazzo Massimo ou Museu Nacional Romano – Sim, é necessário ir embora de Roma totalmente apaixonado por mosaicos, achando o máximo esta técnica, tão difícil e tão bem dominada pelos antigos romanos – até hoje a Escola de Mosaico Vaticana é muito importante e ativa! Aqui é imprescindível apaixonar-se ou se re-apaixonar pela arte em geral através da enorme quantidade de escuturas e obras de arte que rodeavam e permeavam a vida quotidiana na Antiga Roma, pois tudo o que vemos nos museus foi encontrado em antigas mansões ou edifícios públicos.
Museu Nacional Romano (Palácio Máximo)
Atirador de discos Lancelotti, II d.C. – Museu Nacional Romano
Príncipe Seleucida, II a.C.
Roma é uma aula de beleza, e você pode começar por museus onde não tem que ser feita uma reserva ou compra de tickets com antecedência.
Eu, sentada na maravilhosa sala dos
Afrescos da Casa de Lívia de Prima Porta
O Palácio Máximo, ou Palazzo Massimo, é um museu que hospeda uma super coleção arqueológica de muita coisa que foi descoberta a partir de 1870 – ano em que Roma se transforma na capital da Itália e fundou-se a Superintendência das escavações e monumentos de Roma, com sede na colina do Palatino. É uma verdadeira câmera de tesouros que surpreendem, uma ala depois da outra.
Mosaicos do período imperial
Neste museu realmente enorme destacam-se os mosaicos romanos, esculturas gregas em bronze dos séculos V e IV a.C., os afrescos da casa de Lívia de Prima Porta, esculturas romanas em mármore, retratos do período imperial, e uma cópia do famoso Hermafrodita Adormecido, do II séc a.C..
O famoso pugilista em bronze, II ou III a.C.
Hermafrodita – no Museu Nacional Romano
Horário de abertura do Palazzo Massimo:
Das9hàs19.45h.
Fecho: segundas, 1 Janeiro, 25 Dezembro.
A bilheteria fecha uma hora antes do fecho (como na maioria dos monumentos)
Tickets:
Ticket único válido para: Palazzo Massimo, Palazzo Altemps,
Crypta Balbi, Terme di Diocleziano
Custo€ 7,00
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Museus em Roma:
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Tour gastronômico em Roma
Onívoro, vegetariano, vegano, celíaco ou Kosher – a comunidade judaica em Roma há dois mil anos – é difícil não comer bem na capital da Itália. Aliás, este tour gastronômico em Roma foi desenhado exatamente para isso: saborear aromas do mediterrâneo e, quem sabe, entender como o tão simples pode ser tão sofisticado; como uma comida tão tradicional pode nos surpreender ao ser tão original!
Tour gastronômico em Roma
Uma das melhores coisas que se pode fazer aqui na Itália, entre um monumento UNESCO e outro, entre uma paisagem de pinheiros marítimos da Villa Borghese e uma cúpola do Michelangelo ou depois de apreciar os ciprestes do Coliseu e as romãs do Palatino, é uma pausa para recarregar as baterias com tudo o que se tem direito no país das maravilhas.
O tour gastronômico em Roma pode ser tradicional, com queijos, frios, pizza, massa e carne, ou ser adaptado ao teu paladar. Podemos iniciar com uma degustação de queijos típicos locais e um espumante famoso, por que não?!
Depois de uma caminhada entre praças com o espírito de Bernini sob a luz do pôr-do-sol, que nos ajuda a lembrar o que vivemos durante o dia e nos faz muito mais românticos, paramos para saborear os famosos frios com pão feito em forno a lenha.
Aqui já entramos numa outra dimensão e o jogo fica sério: podemos escolher entre uma degustação tradicional de pizza ou massa, ou se partir para os charutos de arroz e carne e pasta de gergelim, com um quê de Oriente Médio.
E aí poderíamos pensar em ter esta visão mágica da basílica de São Pedro de uma ponte sobre o Tibre e entrar decididademente (por que é a minha casa!) em Trastevere para comer uma massa de primeira, num dos meus restaurantes preferidos. Ou uma carne. Ou um peixe. Ou uma salada, como dizem os romanos, para “enxaguar a boca”.
Bom apetite, o paraíso é aqui!
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Roma para Ateus
Roma para Ateus: outro dia estava preparando um roteiro para uma família, primeira vez em Roma, e com tempo suficiente para dar uma boa volta pela cidade. Fuçando em muitos cantos, fiz um roteiro básico mas muito interessante. Mais interessante do que o roteiro “corrido” de três dias – modéstia à parte, um roteiro escrito por mim, é um verdadeiro chuchu! Enfim, recebo uma resposta tipo “gostei muito do roteiro, só o dia x está muito sacro”. Achei muito interessante este comentário e pensei que este ponto de vista poderia ser o de muita gente, e resolvi dedicar aqui algumas palavras sobre o fato de Roma ter muitas igrejas e ir à igrejas em Roma (e iria tão longe e diria que nem é o caso só de Roma, mas da Itália inteira!) definitivamente não é uma atividade exclusivamente religiosa, mas de cunho artístico, cultural, histórico e social!
Roma para ateus – Cavalo marinho e Tritão, Fontana di Trevi
A figura do homem Jesus é estudada desde o Iluminismo e nos dias de hoje foram encontrados vários documentos importantes em grego, latim, aramaico e até árabe, que comentam sobre este personagem histórico importantíssimo. Goste ou não de Jesus, seja você cristão, protestante, jud
Alegoria da Medicina, Fontana di Trevi
O mundo romano, do qual herdamos a língua, usos, costumes, arte, arquitetura e religião, foi completamente revolucionado pelo homem que nasceu Jesus e morreu Cristo. Em nome deste personagem histórico ocorreram assassinatos de massa (Nero, 64 d.C. e parte dos espetáculos dos circos de Roma), mudaram a forma em que nós cuidamos dos nossos parentes depois que morrem, foram erguidos os mais lindos e maiores templos que desafiam as leis da física e da estética (não creio que aqui sejam necessários exemplos!) e que foram parte fundamental para o desenvolvimento da arte e arquitetura do mundo. Isso, para não falar de como o Homem vê a si mesmo e seu semelhante, a ética e o calendário que dá a forma básica ao nosso cotidiano.
Fontana dos Mouros, Piazza Navona
Se você vem a Roma, como perder a chance de observar com atenção e entender um pouco da técnica dos pavimentos cosmatescos; do mosaico romano, que chega ao ponto de ser tão perfeito que pode dar a impressão de ser uma tela a óleo – e se não chamarmos a sua atenção para quando isso acontecer, você certamente não vai notar; do trabalho em mármore de precisão e beleza irrepetíveis da família Vassalletto nos pátios de algumas igrejas; a pintura romana da aurora do cristianismo, e como desde lá, a iconografia cristã se desenvolveu até chegarmos numa obra-prima como o teto da Capela Sistina?
Batistério da Catedral de Roma
A tão amada urbanização do centro-histórico de Roma com suas fontes e praças também foi “obra cristã”, iniciada e desenvolvida ao longo dos séculos pelos papas. A Fontana de Trevi, que recebe água de uma nascente desde os tempos do famoso general de Augusto, foi uma “simples” licitação, iniciativa de Clemêncio XII para uma obra pública.
Cibório da Catedral de Roma
Depois das famosas viagens de Goethe, Lord Byron e Irmãos Grimm à Itália e a ligação das cidades européia através da linha de trem, vir a Roma começou a fazer parte da educação de jovens de boas famílias. Hoje em dia qualquer estudante europeu de Humanas sabe fazer um discurso coerente sobre a figura de Constantino, sobreBernini/Borromini ou a pintura de Caravaggio.
Roma para Ateus com guia em português
E a religião que inspirou todas essas obras, fica ao lado do legado estético, sociológico, antropológico e semiótico que deslumbra o viajante que recebe informações para olhar e ver tudo isso.
Se é verdade que viajar enriquece, quem vem a Roma vai embora milionário.
De brasileiros para brasileiros na Itália: guias de turismo que falam português.
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San Gimignano
Na província noroeste da Siena, o centro histórico de San Gimignano é uma das áreas mais bonitas da Toscana.
As colinas dos arredores de Siena: beleza dificilmente superável! Foto de Diego Fornero
A sua rede densa de torres, que no século XIII eram mais do que 70, atrai turistas do mundo inteiro. San Gimignano foi um feudo dos bispos de Volterra, e antes disso, foi uma área ocupada por etruscos e romanos. A dominação de Firenze nos permitiu que ela chegasse pouco danificada pelo tempo até nós com a sua aparência medieval, fato este que a transformou em parte do Patrimônio Mundial UNESCO em 1990.
Para uma excursão de um dia com guia em português em Siena e San Gimignano, escreva um email para Roma em Português
Chegada no centro de San Gimignano; foto de Henrik Berger Jørgensen
No coração do centro temos outras torres, a Torre do Diabo e as duas torres dos Ardinghelli, famosas pela sua leve assimetria, apesar de serem construções gêmeas. O monumento mais importante do centro, no entanto, é a Collegiata, uma igreja românica do século XIII com obras de arte preciosas.
Piazza Duomo – foto de gengish skan
Por que construíram estas torres? Inicialmente serviam como moradia de famílias abastadas que não se sentiam mais seguras em habitar no campo. Os ambientes eram pequenos e não ocupavam a altura inteira da torre: no térreo existiam oficinas ou lojas, no 1º andar os quartos e em cima, a cozinha. A construção seguia o princípio básico de segurança, segundo o qual o ambiente onde se lida com o fogo, isto é, a cozinha, deveria ser no andar mais alto de modo que se acontecesse um incêndio, seria possível escapar.
Piazza della Cisterna, foto de Conlawprof
Podemos realizar a visita ao longo da Via di San Matteo, para chegar à Igreja de Santo Agostinho. Este edifício românico e com elementos góticos, contém uma série de obras Arte, entre os quais podemos citar os afrescos da “Vida de Santo Agostinho”, de Benozzo Gozzoli (muito provavelmente discípulo do famoso Fra Angelico) e a “Coroação da Virgem”, realizada por Pollaiolo. Daqui, você pode voltar para a Porta San Giovanni pelo mesmo caminho, ou escolher entre a Via delle Romite ou a Via del Castello para chegar na Piazza della Cisterna.
Janela bífora, foto de Dorli Photography
O melhor lugar para se fotografar o as 15 torres está localizado a oeste do centro se chega subindo a Via Quercecchio até chegar na Rocha Montestaffoli onde sobraram poucos ruínas.
Uma única torre da muralha da cidade resistiu à ação do tempo, e de cima dela, você tem um panorama
extraordinário do centro histórico da cidade e suas torres.
Vista do alto, foto de gengish skan
“O melhor sorvete do mundo” pode ser considerado o sorvete da sorveteria pluripremiada “Gelateria di Piazza”, na praça mesmo, fácil de encontrar: P.zza della Cisterna, 4. Não deixe de experimentar!
O percurso proposto por nós abrange a Praça da Cisterna, o Duomo, a Igreja de Santo Agostinho e o Miradouro do forte. De brasileiros para brasileiros na Itália: reserve aqui a sua guia de turismo que fala português.
Outras cidades da Toscana:
Firenze: http://guiaderoma.blogspot.it/2012/10/centro-historico-de-firenze.html
Siena: http://guiaderoma.blogspot.it/2014/04/guia-de-siena-em-portugues.html
Volterra: http://guiaderoma.blogspot.it/2014/04/volterra.html
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Volterra
Isolada, cercada por uma paisagem de gramados e riachos, colinas e vales, Volterra tem um charme muito especial.
Bastiões e torres de Volterra, vista de fora dos muros, foto maravilhosa de Francesco Sgroi
Foto de Hellebadius
Deve ser dito que não é exatamente à mão, e que antes de se deixar conquistar, se faz de difícil. Mas basta chegar ao topo de um morro, em cima de um rochedo que se ergue no verde e lançar os olhos em uma direção qualquer para se apaixonar e experimentar a sensação de abraçar o mundo inteiro com um único olhar. Como revelado pelo seu nome, a cidade foi fundada no período etrusco e era um centro importante da Confederação Etrusca. Tinha mineiras de cobre e prata, uma agricultura altamente desenvolvida e o Rio Cecina, que corre ali pertinho, facilitava o acesso ao mar para o comércio. A partir do IV século, Volterra também teve que se submeter à nova estrela do Mediterrâneo, Roma, até que no séc. III, entrou definitivamente na Confederação Itálica com o nome de Volaterrae.
Foto de thaiz_mm
Hoje a atmosfera da cidade é medieval, e já começa nos possantes muros que abraçam o núcleo urbano. Conhecida pela arte da manufatura do alabastro e pela sua gastronomia, a cidade dentro dos muros mantém ainda hoje uma pureza original.
Restos do teatro antigo, foto de peuplier
As muralhas que datam do século XIII, são o resultado do crescimento que começou por volta do ano mil, quando as casas começaram a se reunir em torno da antiga Igreja, a Catedral de Santa Maria. Próximo à ela
já existia então o Pratus Episcopatus, que hoje chamamos de Praça dei Priori; neste mesmo período outros edifícios começaram a ser erguidos também fora da estrutura murária, como a vila de Santa Maria, que corresponde hoje à Via Ricciarelli, e a vila de Abade, que mais tarde se tornou Via Sarti.
Gerânios florescendo na janela, tipico das cidades italianas, foto de Alessandra Elle
Ruelas de Volterra, foto de jmenard48
Aos lados da Piazza dei Priori existe a chamada Incrociata, um grupo de torres de proporções gigantescas que testemunham a necessidade de outrora de fortalecer as defesas ao leste, oeste e norte. Nesta mesma praça, temos o Palazzo dei Priori (séc. XIII), colado à abside da Catedral.
Catedral, foto de Gabriele Cantini
Apesar da localização isolada e la natureza tranquila, Volterra oferece o ano todo uma grande variedade de eventos culturais e tradicionais. Durante as duas últimas semanas de julho, por exemplo, a vila é o cenário de Volterra Teatro, evento originalmente teatral que posteriormente se transformou em um evento também dedicado à música, dança, poesia e às artes plásticas.
Praça, com o Banco de Volterra, foto de Gabriele Cantini
Nas primeiras semanas de agosto tem o Volterra Jazz Festival, e no final do mês (o terceiro e quarto domingos), acontece a celebração medieval da reencenação (desde 1406); no primeiro domingo de setembro o Astiludio se repete todos os anos, um torneio entre diversos grupos de cidades italianas em costume medieval.
Volterranos em custo em festa medieval, foto de Michele De Nichilo
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Para uma guia que fale português em Firenze, Siena, Lucca ou Pisa, escreva um email para Roma em Português
Outras cidades da Toscana:
Firenze: http://guiaderoma.blogspot.it/2012/10/centro-historico-de-firenze.html
Siena: http://guiaderoma.blogspot.it/2014/04/guia-de-siena-em-portugues.html
San Gimignano: http://guiaderoma.blogspot.it/2014/05/san-gimignano.html
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Guia de Siena em português
Rodeada por colinas cobertas de oliveiras e vinhas, situada em uma área de grande beleza e charme, Siena é uma das cidades mais bonitas da Toscana e uma das mais visitadas em todo o território italiano. É universalmente conhecida pelo seu património artístico e pelo famoso “Palio”, a corrida de cavalos. A beleza do seu centro histórico foi declarada Patrimônio Mundial da UNESCO em 1995.
O percurso proposto por nós abrange a Basílica de São Domingo, onde fica a relíquia de Santa Catarina; vamos passear nas ruas medievais e ver a praça da sede do Banco mais antigo da Europa; o interior da inesquecível Catedral, a Praça do Campo (considerada umas das praças mais bonitas da nossa terra), onde desvendaremos os segredos do Palio, a famosa corrida de cavalos que acontece todos os anos em Siena.
O percurso proposto por nós abrange a Basílica de São Domingo, onde fica a relíquia de Santa Catarina; vamos passear nas ruas medievais e ver a praça da sede do Banco mais antigo da Europa; o interior da inesquecível Catedral, a Praça do Campo (considerada umas das praças mais bonitas da nossa terra), onde desvendaremos os segredos do Palio, a famosa corrida de cavalos que acontece todos os anos em Siena.
Piazza del Campo, foto de Giorgos Vintzileos
A cidade é cortada por grande avenidas e ruas estreitas que levam à praça “del Campo”, um dos símbolos da cidade com seus prédios de grande atração cultural: o Duomo e o Hospital Santa Maria della Scala.
Segundo a lenda, Siena foi fundada por Senio e Aschio ao fim de um longo, mitológico “Palio”. Os cavalos de cada competidor eram um branco e outro preto, que se transformaram nas cores do brasão de Siena e são o símbolo do caráter da cidade. A História, por outro lado, nos fala de uma aldeia de origem etrusca, que sucessivamente se tornou um forte romano importante na fronteira, criada no tempo do imperador Augusto com o nome de Saena Julia.
Torre del Mangia e Piazza del Campo, vistas de cima, foto de Phillip Capper
Em torno dos séculos X e XI Siena se encontrou localizada no centro de importantes rotas comerciais, graças ao poder do bispo na época do Império Carolíngio; naquele tempo Siena expandiu seu território e consolidou as suas primeiras alianças, tornando-se uma importante cidade medieval, do ponto de vista político e econômico.
Simbologia única no interior da Catedral de Siena, foto de Giorgos Vintzileos
Sonho gótico senese: o maravilhoso interior do Duomo de Siena, foto de Ho Visto Nina Volare
Depois de uma guerra memorável, teve fim a sua “idade do ouro”. Siena perdeu a sua independência para os poderosos Medici, donos do mundo naqueles anos, e para Carlos V (1559): a república de Siena foi forçada a entregar seus bens e adquiriu o papel secundário de uma pequena cidade toscana, sob o domínio da rival e odiada Florença, capital do Grão-Ducado da Toscana.
Fachada da Catedral de Siena, foto de Carol Munro
É hoje é uma das cidades com a mais alta qualidade de vida na Itália. A arte é o que mais a caracteriza, tornando-se uma das cidades mais turísticas visitadas no mundo: Piazza del Campo, o Duomo, Palazzo Municipal e a Torre del Mangia são apenas algumas das suas maravilhas!
A Piazza del Campo é um dos mais belos exemplos de arquitetura civil; idealmente é o ponto de encontro dos três montes sobre os quais surgiu a cidade. Ela foi originalmente um grande gramado, por isso o nome “campo”: tem uma forma semicircular, como uma concha. A praça representa o coração da cidade, foi o lugar da feira e palco de momentos políticos importantes.
A construção do Duomo de Siena foi iniciada no século XII. A simbologia representada na sua fachada é extremamente curiosa, pois tenta conciliar as filosofias do oriente com o ocidente, judia, cristã e naturalmente não falta a iconografia pagã.
Os mosaicos do pavimento representam também uma das maiores riquezas de toda a Itália; foram realizados no longo percurso de 6 séculos e contam 60 histórias cujo significado foram estudadas somente em 1977. Uma das hipóteses, é que o fio condutor destas preciosas imagens seja a redenção da alma.
Estacionar o carro em Siena
Os sinais para os estacionamentos são claros. Estacionar fora dos muros é grátis, dentro dos muros é difícil de encontrar estacionamento. Siga as placas para o centro e tente encontrar um lugar para parar o carro na Piazza Gramsci ou no triângulo de La Lizza (mas não às quartas-feiras, por que é interditado para a feira). Se quiser deixar o carro num estacionamento, tente o San Domenico perto do estádio.
As tarifas estão em torno a € 2,00/h. Atenção às 4as feiras, que por ser o dia da feira, a cidade fica mais cheia e Piazza Gramsci fica interditada.
Siena – Onde comer?
Sugestão da nossa guia local: Compagnia dei Vinattieri Via delle Terme, 79, 53100 Siena – tel.: 0577 236568.
Aconselha-se sempre reservar, sobretudo em alta estação e nos fins-de-semana.
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Outras cidades da Toscana:
Firenze: http://guiaderoma.blogspot.it/2012/10/centro-historico-de-firenze.html
Volterra: http://guiaderoma.blogspot.it/2014/04/volterra.html
San Gimignano: http://guiaderoma.blogspot.it/2014/05/san-gimignano.html
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As Catacumbas de Domitilla
«Anima Dolcissima»
epitáfio em lastra funerária das Catacumbas de Domitilla
O caminho da arte para que se chegasse na qualidade de um trabalho artístico do nível da Capela Sistina foi parte de uma grande percurso ético e religioso que ocorreu no mundo romano, com a chegada do cristianismo.
As catacumbas não serviam como esconderijos; eram simplesmente lugares onde os primeiríssimos cristãos enterravam os mortos, na espera do juízo final, da ‘nova vida’ após a morte.
A palavra catacumba vem do grego, “kata” e “kumbe” e pode ser traduzida como “na cavidade”.
As catacumbas foram realizadas por motivos a) práticos; b) econômicos e c) higiênicos.
Giulia (e eu), companheira fiel de excursões pelos quatro cantos de Roma!
Neste contexto encontramos sinais das mais antigas simbologias utilizadas por estes primeiros cristãos, que, sim, eram perseguidos por uma série de razões que não cabe discutir aqui neste momento, e que para assegurar o “sono” dos seus caros em contraposição à incineração dos corpos.
Os defuntos eram enterrados tratados com bálsamos e envolvidos em tecido, para depois serem depositados nos loculi das catacumbas, que aos poucos se transformavam em imensas (mas quando digo “imensas”, falo de 17km de ruas subterrâneas) galerias cavadas nos hipogeus de terrenos que eram normalmente doados ou emprestados por famílias abastadas que tinham se convertido ao cristianismo e que dispunham de espaços para realizar estes “cemitérios primitivos”.
As catacumbas foram desde o início adornadas com alguns símbolos, que eram naturalmente ligados às religiões pagãs, e é isso que eu adoro ir apreciar nestes fantásticos lugares: a transformação do simbolismo pagão no simbolismo da nova religião!
O “bom pastor”
Durante os séculos VIII e IX, as catacumbas foram abandonadas e a memória da sua existência ficou perdida na noite dos tempos, até o século XVI, quando foram casualmente re-descobertas!
Basílica, Catacumbas de Domitilla
Em particular, as catacumbas de Domitilla, perteciam à Flavia Domitilla, que era parente do Imperador Domiziano (81-96), que por sua vez não era “nem um pouco cristão”, aliás ele foi responsável por cruéis perseguições aos cristãos durante o seu reinado, e Flávia foi exilada na Ilha de Ventotene!
Relembro aqui, que as piores perseguições aos cristãos ocorreram sob Nero, Décio, Valeriano e Diocleciano.
Basílica, Catacumbas de Domitilla
Papa Damásio (305 – 384) mandou construir uma basílica no ano de 366 nas Catacumbas de Domitilla, que é o que vemos hoje quando descemos ao primeiro andar da estrutura hipogea. Depois do abandono do IX século, ela foi descoberta somente em 1902-1903, pelo Monsenhor Wilpert.
Interessante observar as incisões nas colunas na frente do altar, que formavam um cibório que continha no seu interior os espólios dos santos mártires soldados Nereu e Aquileu.
Basílica, Catacumbas de Domitilla
A estrutura da basílica foi reconstruída após a sua descoberta no século XX, e possui pequenas janelas no alto; entretanto, os arqueólogos que estudam estas catacumbas afirmam que a estrutura original possuía grandes janelas que iluminavam o seu interior.
O Hipogeu dos Flávios foi construído entre os anos de 390 e 395, remodelando (para não dizer “destruindo”) antigas estruturas existentes no interior destas catacumbas.
Hipogeu dos Flávios, Catacumbas de Domitilla
O hipogeu dos Flávios possui uma planta retangular em um dos corredores, onde acredita-se que na parte interna às catacumbas foram depostos os corpos de seus escravos; os loculi maiores, deveriam conter os espólios dos integrantes da família.
Hipogeu dos Flávios, Catacumbas de Domitilla
Um dos afrescos mais interessantes que encontramos aqui é o de “Amor e Psiquê“, que são um ótimo exemplo de ponte iconográfica entre o mundo pagão e a aurora do mundo cristão: a alma se salva depois de provas árduas superadas durante a vida.
Hipogeu dos Flávios, Catacumbas de Domitilla
A vasta simbologia que encontramos nos afrescos e a história que estas paredes nos contam se tornam legíveis quando uma guia nos acompanha durante o emocionante percurso; estas linhas não são nada além de uma pincelada que tenta incentivar a visita às catacumbas, como parte fundamental de uma visita à Roma.
Pomba, afresco
Pomba, afresco
Basílica, Catacumbas de Domitilla
Basílica, Catacumbas de Domitilla
Detalhe de túmulo, Catacumbas de Domitilla
Para compreender Roma são necesessários anos de estudo de arte, arquitetura e arqueologia e outros tantos anos para aprofundar este conhecimento e escrever artigos como este. Escolha uma guia profissional pois ela fará uma grande diferença na sua estadia.
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Entrada: € 8,00 ou € 5,50 (crianças)
Sobre mim
Olá, eu sou a Patricia e me apaixonei por Roma em 1994, quando ainda era uma estudante de Artes Plásticas em Hamburgo. Desde então fiz várias viagens para estudar a Cidade Eterna e em 1998 me mudei para cá. No Turismo estou desde 2007, quando comecei a trabalhar com alemães. Sou guia credenciada em Florença e Roma e este blog é um elogio muito pessoal sobre a minha paixão pela cultura Clássica. Na minha equipe trabalham as melhores guias que falam português nas principais capitais italianas, escolhidas a dedo por mim ao longo dos anos.
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setembro 13, 2011
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