A igreja Santa Maria del Popolo (ou Santa Maria do Povo, em português), de padres agostinianos, está no centro de Roma, colada nos muros aurelianos, ao lado da mais importante entrada da cidade até a construção da ferrovia. Esta igreja foi construida em 1099 por Papa Pasqual II para “banir” os espíritos malignos da família Domizi (do Imperador Nero).
Maio e Junho de 2013 têm sido meses maravilhosos: clientes curiosos e exigentes têm nos pedido para acompanhar em lugares exclusivos e especiais, por que já conhecem bem Roma. Este é um relato de tour em Roma para iniciados, viajantes experimentados na Cidade Eterna.
“questo sol m’arde e questo m’innamora”
Michelangelo Buonarroti
Temos ido ao Parque da Via Appia passear, comer na região de Castelli (Frascati, Nemi, Castel Gandolfo) entre outras coisas super-especiais no centro de Roma, como a Crypta Balbi, para apaixonados da história.
Fazer este tipo de turismo dá muito prazer também à quem guia!
Parque da Via Appia Antiga
Colle Oppio e Mitreu de San Clemente,
onde, segundo Vasari, teria o único afresco de Masaccio em Roma (junto com Masolino da Panicale), com cenas da vida de Santa Catarina.
Relembro que a profissão de guia de turismo na Itália é regulamentada, portanto é necessário que o profissional escolhido seja um GUIA – e não ACOMPANHANTE – credenciado.
Catacumbas de San Callisto
Cemitério Protestante
No cemitério protestante, encontramos as sepulturas de personagens importantes, como Carlo Emilio Gadda (1893-1973), August von Goethe (1789-1830), filho do famoso escritor alemão, Antonio Gramsci (1891-1937), filósofo que fundou o partido comunista italiano, o poeta inglês Percy Bysshe Shelley (1792-1822), a genial poetisa italiana do século XX Amelia Rosselli (1930-1996)
Cemitério Protestante
Cemitério Protestante
“Here lies one whose name was writ in water”
(“Aqui repousa a alma de alguém tem teve seu nome escrito nas águas”)
24 de Fevereiro de 1821, John Keats, poeta inglês
Cemitério Protestante
Cemitério Protestante
Basílica de Santo Stefano Rotondo, no Celio
A Esedra, na Crypta Balbi
A entrada da Abadia
Afrescos de Domenichino
A relíquia do comedor onde Cristo foi colocado quando nasceu
Roma para iniciados: O templo de Diana, na Villa Borghese
Villa Farnesina, com os afrescos do Peruzzi e alunos
Continuem a chegar e a nos procurar para conhecer mais um pouquinho da nossa amada cidade eterna, vamos ter muito prazer em recebê-los!
Castel Sant’Angelo é o monumento que vamos ver hoje em todos os seus detalhes históricos, arquitetônicos! Em pleno ritmo de primavera, os jasmins perfumam as ruas na nova luz que chega transformando o que conhecemos em imagens novas, que não nos cansam de encantar com a sua beleza eterna.
Castel Sant’Angelo, pequena introdução
Castel Sant’Angelo é um dos tantos monumentos romanos com uma história incrível, de beleza imponente e mágica, de sabor antigo e cenográfico do centro de Roma – um dos meus preferidos!
Castel Sant’Angelo visto com “il passetto” – ligação com o Vaticano
Esta construção aparentemente insólita aos nossos olhos era até muito comum na antiga Roma, e deve a sua forma aos etruscos.
Acredita-se também que a maior inspiração arquitetônica para este monumento tenha sido um grande mausoléu do IV séc. a.C., às margens do mar Egeu, localizado numa cidade antiga que se chamava Cária, na Anatólia. Este mausoléu era uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo e é também conhecido como Mausoléu de Halicarnasso; infelizmente hoje não podemos apreciar mais do que as suas fundações.
Castel Sant’Angelo, foto minha
O Imperador Adriano (que reinou no periodo de 117dC – 138dC) teve seu principado caracterizado pela tolerância em relação aos cristãos e proteção dos escravos (através de uma reforma legislativa promovida pelo imperador em pessoa), valorização da arte, cultura e filosofia. A Villa Adriana é um exemplo de valorização das artes, pois foi construida com paixão e amor pela memória, com citações arquitetônicas que o imperador tinha conhecido nas suas várias viagens pela Grécia e Egito.
Até o Pantheon, construido por Agrippa foi reconstruido pelo imperador Adriano e adquiriu a forma que nós conhecemos hoje.
No alto do Castel Sant’Angelo, com Suzana e Marcia (cúpola de São Pedro no fundo)
História e arquitetura do Castel Sant’Angelo
O Castel Sant’Angelo foi construido entre 76 e 138 pelo Imperador Adriano como mausoléu para a sua família. O material da construção foi o peperino (pedra de origem vulcânica, típica aqui na região do Lácio) e uma espécie de cemento desenvolvido pelos romanos.
Castel Sant’Angelo e Ponte Sant’Angelo com a iluminação noturna – foto minha
O túmulo tem a forma de um cilindro chato (64m de diâmetro e 20m de altura) e a construção de peperino era coberta por lastras de travertino, o mármore do Lácio. A base sobre a qual o cilindro se apoia é um quadrado de aproximadamente 85 metros de comprimento e 15m de altura. No alto do cilindro, existia uma quadriga, representando o Imperado Adriano como Deus-Sol. No centro do monumento encontra-se as tumbas da família Antonina, a família à qual pertencia o Imperador Adriano, com a seguinte inscrição escrita pelo próprio:
Angelo da ponte de Castel Sant’Angelo, das oficinas de Bernini
“Anima vagula blandula – Hospes comesque corporis – Quae nunc abibis in loca – Pallidula rigida nudula – Nec ut soles dabis iocos”, que quer dizer mais ou menos “Pequena e tenra alma vagante, hóspede e companheira do corpo, agora pálida e rígida desapareces, sem poder mais brincar como outrora”. Lá dentro, encontramos muitos membros da família Antonino, como a esposa do imperador, Sabina, o imperador Antonino Pio e sua esposa Faustina Maior, assim como três dos seus filhos, Lucio Hélio César, imperadores Cômodo e Marco Aurélio (e filhos), imperadores Setímio Severo e sua esposa Júlia Domna, bem como seus filhos e por último os imperadores Geta e Caracalla.
Ponte Sant’Angelo, foto de Jimmy Harris
A importância da localização geográfica deste mausoléu foi um fato importantíssimo na história deste monumento. A proximidade ao túmulo de um certo Pedro (sim, o Apostolo de Jesus), que muitas pessoas do mundo todo conhecido vinham a visitar em peregrinação, e sobretudo o fato de ter sido englobado nos Muros Aurelianos do final do III séc. d.C . fizeram com que este monumento chegasse quase íntegro até nós! Imagine que o Mausoléu de Augusto, que fica a poucas centenas de metros deste monumento mas foi totalmente abandonado e hoje encontra-se muito degradada por estar numa posição sem relevância no desenvolvimento urbanístico da cidade de Roma!
Por 150 anos o mausoléu foi mesmo um mausoléu, até que seu destino foi marcado sob o imperadores Honório (395-423) e Arcádio (395-408), quando foi envolvido nos muros aurelianos. A partir deste momento, as características da construção se demonstram fantásticas para ajudar a proteger a cidade dos constantes ataques que sofria, transformando-a em uma fortaleza.
Angelo da ponte de Castel Sant’Angelo, das oficinas de Bernini
O nome com o qual conhecemos hoje este monumento, Castel Sant’Angelo, foi dado no ano de 590, quando em Roma teve um surto de peste negra e o Papa Gregório I, desesperado, organizou uma procissão em uma tentativa de acabar com a doença na cidade. O trajeto da procissão passava pelo mausoléu de Adriano, e no momento em que o Papa e os fiéis se aproximavam ao imponente monumento, diz a lenda, Gregório I viu o Arcanjo Miguel aparecer no céu enterrando sua espada na parte superior do monumento, como sinal de que a peste seria vencida. Mas não é que a peste acabou mesmo depois da procissão? A partir daí, os romanos começaram a chamar de Castel Sant’Angelo o mausoléu de Adriano.
Castel Sant’Angelo no Renascimento
A partir do papado de Alexandre VI (1492-1503), este monumento passeou a ter uma área com função de prisão. No decorrer dos séculos seguintes foi constantemente reformado e cuidado, com a adição dos aposentos papais (Paolo III Farnese), caracterizados por um luxo difícil de imaginar, com uma série de afrescos requintados de Perin Del Vaga, e serviu como refúgio aos tesouros do Vaticano, pois aos poucos, com foram construidos bastioes e o antigo “monumento funerario” de um grande imperado for sendo transformado em um forte!
Venha passear conosco e conhecer o interior deste pedaço importantíssimo da história do Ocidente! No alto deste monumento tem uma lanchonete com uma das mais lindas vistas de Roma (para mim, a mais bonita!), pois nós vamos subir até o topo e ver o arcanjo Miguel de pertinho!
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A basílica de Sant’Ambrogio é uma das igrejas mais antigas de Milão e representa não só um monumento da época paleocristiana e medieval, mas é também um ponto fundamental da história milanês e da igreja ambrosiana. É considerada a segunda igreja mais importante da cidade de Milão.
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Basílica de Sant’Ambrogio – foto de Annamaria
Construída entre 379 e 386 por ordem do bispo de Mião, Ambrogio, a localização foi escolhida por ter sido a zona onde se encontravam sepulturas de mártires cristãos do período das perseguições romanas, e por isso foi dedicada aos m conhecida como “Basílica dos mártires”, e a sua construção foi dedicada a eles. Ambrogio quis depositar ali as relíquias dos santos mártires Vittore, Nabore, Vitale, Felice, Valeria, Gervasio e Protasio, além de desejar ele mesmo ter a sua sepultura nesta igreja. E quando isso aconteceu, mudou o nome da igreja para o atual.
Basílica de Sant’Ambrogio – Foto de Melanie e John
No século IX, sofreu restruturações importantes por ordem do bispo Angilberto II (824 – 860), que mandou adicionar uma grande abóbada precedido por um ambiente coberto por um teto em forma de arco, onde aconteciam as missas. No mesmo periodo, o teto da abóbada foi decorado com um grande mosaico, que ainda hoje pode ser contemplado, o “Cristo redentor no trono entre os mártires Protasio e Gervasio, com os arcanjos Miguel e Gabriel”, e mais duas imagens com episódios da vida de Sant’Ambrogio. Sob o cibório (termo que significa nas basílicas e igrejas antigas de certas épocas e estilos arquitetônicos, uma espécie de pavilhão com quatro colunas e cúpula ou cobertura, para abrigar imagens ou objetos sagrados) do século X, foi colocado o altar de Sant’Ambrógio, uma obra-prima de ourivesaria do século anterior em ouro, prata, pedras preciosas e esmaltes, que indica a presença das relíquias dos santos colocadas sob o altar e que podem ser vistas de um janelinha do lado posterior.
Coluna com afrescos, Foto de Lino M
A aparência da basílica, como a vemos hoje, foi concluida entre os anos de 1088 e 1099, quando o bispo Anselmo a reconstruiu segundo os princípios da arquitetura românica. Deste modo, foi mantido o esquema de três navadas (sem transepto, que é a parte do edifício que corta a navada perpendicularmente) e as três absides (ou abóboda) correspondentes, além do quadripórtico (pátio circundado por quatro lados por pórticos, isto é, varandas com colunas), que adquiriu a função de lugar para reuniões.
Notável a expressão de renovamento da arquitetura, sobretudo na concepção da iluminação do espaço. De um lado, a luz provém principalmente das grandes janelas da façada, e isso faz com que a luz entre longitudinalmente na igreja e que a estrutura seja evidenciada, sobretudo no fundo, onde a sobre é maior. Do outro lado, o espaço não foi concebido como até então no mundo paleocristiano, em modo unitário e místico, mas humano e racional: os espaços foram divididos com grande consciência da geometria, além de terem exaltado os elementos estáticos, como pilares do interior e do exterior da igreja, utilizando elementos para colorir estruturas arquitetônicas.
Interior da Basílica de Sant’Ambrogio, foto de Oneoneline
Em 1943 os bombardamentos anglo-americanos destruiram boa parte do pátio e da cúpola, inclusive do mosaico. Nos anos posteriores ao final da guerra iniciaram o restauro, que ainda bem restabeleceram a aparência de antes da destruição das bombas.
Os arqueólogos descobriram em 2005 noventa tumbas de mártires realizadas entre os séculos IV e V, enquanto faziam escavações realizadas antes da construção de um estacionamento subterrâneo.
A igreja é construída com materiais das redondezas de Milão, materiais pobres, como tijolos de várias cores, pedra e gesso.
Esta basílica oferece ao viajante o prazer de ver um caso único de românico lombardo, pois todas as outras construções foram destruídas ou transformadas radicalmente. Podemos também afirmar, que ela serviu como exemplo para a construção de outras igrejas do norte da Itália que sofreram a influência lombarda.
Aqui um percurso para o Domingo para quem está com poucos dias em Roma e quer aproveitar bem o final de semana.
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Nós aconselhamos de inciar cedinho com o Coliseu, e ver Roma Antiga. Depois segue-se para a benedição do Papa na Praça São Pedro, e depois mergulhamos no centro histórico por ruazinhas e becos até a Ponte Sant’Angelo, passando pelo Pantheon, Fontana di Trevi e Piazza Navona, para acabar na maravilhosa Piazza di Spagna.
Aqui vai um pouco de Milão, já que tenho tido muitos viajantes para esta destinação, que vão passear com a nossa guia em português, Anna. Vamos abordar nesta matéria assuntos relacionados à Basílica de São Lourenço.
Basílica de S. Lourenço, foto de Ciccio Pizzettaro
É um importante edifício da Igreja Católica em Milão, primeiramente construído na época dos romanos e modificado muitas vezes no decorrer dos séculos. Esta basílica é uma das mais antigas de Milão e foi construída fora dos muros da cidade, na Via Ticinese, uma estrada que ligava Milão à Pavia.
A basílica foi construída sobre uma colina artificial para evitar de inserir os alicerces em terreno pantanoso, perto da principal entrada da cidade, a Via Ticinensis, perto do palácio imperial e do anfiteatro, de onde foram retirados parte dos materiais para a construção do templo. O complexo era circundado por vários cursos de água que se uniam para formar a Vettabbia, que é um canal para o qual afluem as águas piovanas milaneses, com direção às zonas agrícolas, ao sul da cidade.
A construção original foi feita entre o fim do IV séc. e início do V séc. e ainda têm-se muitas dúvidas a respeito de quem mandou construí-la. Alguns historiadores atribuem a sua construção ao imperador Valentiniano I (321 d. C.- 375 d. C.- ) ou Valentiniano II (371 d. C.-392 d. C.), através do Bispo Aussêncio (355 d. C.- – 372 d. C.). Outros historiadores datam a fundação desta igreja a um período posterior, entre 390 e 402, e atribuem a comissão a Teodosio I ou a Stilicone. Em todo o caso, no seu tempo, esta igreja era a maior com planta centralizada do seu tempo (planta baixa simétrica) no ocidente. A dedicação do templo a São Lourenço é atribuída no ano de 590, quando Milão já era dominada pelos longobardos.
Basílica de São Lourenço: Colunas de S. Lourenço, foto de Ciccio Pizzettaro
Nos séculos seguintes inicou-se uma grande decadência em Milão e na Itália, em geral. Apesar disso, a Basílica de São Lourenço continuou sendo frequntada pelos milaneses: como foi construída numa pequena colina artificial, adquiria o valor simbólico do Monte das Oliveiras e no Domingo de Ramos o bispo benzia os ramos e oliveiras e guiava uma procissão que ia da basílica ao centro da cidade, até a Basílica de Santa Tecla.
Os séculos XI e XII foram cenários de várias calamidades, como incêndios (sobretudo o terrível fuoco della Cicogna de 1071, que devastou a basílica) e terremotos, que abalaram as suas estruturas ao ponto de ser necessário iniciar os trabalhos de restauro entre os séculos XII e XIII. Na metade do séc XI, o espaço nas costas da basílica, chamado Vetra, foi escolhido para execuções capitais, costume que durou até o ano de 1840 e doi descrito pelo escritor Alessandro Manzoni na sua “História das colunas infames”.
Os novos muros da cidade medieval abraçaram a basílica em 1167, ao lado do novo “Porta Ticinesa”.
Por toda a idade média a Basílica de São Lourenço foi um símbolo de herança do império romano, particularmente depois da destruição dos outros resquícios romanos por Barbarossa. No Renascimento, o templo transformou-se num símbolo de cânone clássico perdido, procurado pelos humanistas, e foi estudado por Bramante, Leonardo e Juliano de Sangalo. São encontradas diversas referências em pinturas da época.
Dia 5 de Junho de 1573, a cúpola da basílica caiu repentinamente, graças a Deus, sem causar vítimas! Os trabalhos para a reconstrução foram concluídos em 1619.
Dutante o restauro aconteceu um milagre predito pelo arcebispo Carlo Borromeo: um ano antes da sua morte, em 1585, uma mulher doente foi curada na frente do quadro da “Madona do leite”, que ficava esposto na Praça da Vetra. A partir daí, as oferendas se multiplicaram e o trabalho de restauro foi acelerado. Em 1626, quando todos os trabalhos de restauro foram completados, o quadro da “Madonna do leite” foi transferido ao altar maior, onde se encontra até hoje.
Nos anos ’30 do século XX, o governo austríaco iniciou um desenvolvimento da Vetra (praça atrás da basílica): casas onde moravam curtidores de couro foram demolidas, o canal foi coberto e as execuções, abolidas. Depois dos bombardamentos de 1944-1945, as casas destruídas não foram reconstruídas e foi criado o Parque das Basílicas, do qual se tem uma linda vista do complexo.
Milão, capital mundial da moda, rica e sofisticada mistura de sabor antigo com mundo contemporâneo. O que conhecer, onde hospedar-se, como otimizar o tempo? Reserve já a tua visita com um guia de Milão em português! Escreva para Roma em Português
O maravilhoso, esplêndido Duomo
Milão é uma paixão, uma especial maravilha italiana que vale a pena conhecer nos mínimos detalhes. Sua história, arquitetura, arte e especialidades culinárias. O melhor jeito para quem vem à Milão é, sem dúvida, fazer duas horas de centro histórico a pé com uma guia que te ajuda a desvendar os segredos e significados de um lugar tão especial.
Vitreaux do Duomo
Tenho ficado muito contente com inúmeras pessoas que me escrevem, dizendo que compraram os tickets para ver o “cenacolo“, a “Última ceia” de Leonardo da Vinci. Aos poucos nós, brasieleiros, especialmente os leitores do blog, têm adquirido aqui uma fama de uma nova geração que tem fome de cultura, às quais as guias têm o prazer de passar seus conhecimentos.
São Bartolomeu, Duomo
Galleria Vittorio Emmanuele
Galleria
Teatro Scala
Teatro Scala
Bonde
Torre Filarete del Castello Sforzesco
Castello Sforzesco
Sant’Ambrogio
As colunas de São Lorenzo
Foto de Robert Rojales
Foto de Rania Hatzi
Foto de Batigolix
Foto de Fusky
Foto de David Martyn Hunt
Navigli, foto de Andrew Stillman
Ele se chama Francisco parte II – Como prometido, aqui mais um poco da história de Francisco, a partir de seu importante encontro com o Papa Inocêncio III.
Para quem perdeu a primeira parte, basta clicar aqui: (Ele se chama Francisco parte I https://www.romaemportugues.com.br/ele-se-chama-francisco/.)
Ele se chama Francisco – Basílica de São Francisco de Assis em Assis, por Conlaprof
A aprovação do Papa
Em 1209, quando Francesco tinha 12 companheiros consigo, foi à Roma para obter a autorização da regra de vida para sí e para ses frades, pelo Papa Inocêncio III. Depois de algumas hesitações iniciais, o Papa concedeu a Francisco a sua aprovação oral para a sua Ordem dos Frades Menores: Francisco não contestava a Igreja, ao contrário de outras ordens que pregavam o pauperismo (sistema de pensamento medieval, através do qual os seguidores pregavam o altruísmo e uma vida modesta, dando preferência às riquezas espirituais sobre às materiais), mas a considerava como “mãe” e lhe oferecia sincera obediência. Francisco era a personalidade idal para Inocêncio, que podia finalmente oferecer uma oportunidade às pessoas mais humildes de partecipar ativamente no interior da Igreja, sem obrigá-las a transformarem-se em antagonistas à ela, e consequentemente, em herético.
O texto que foi apresentado ao Papa, desapareceu completamente. Os estudiosos pensam que nele continham sobretudo passagens do Evangelho, e que com o passar dos anos, junto à algumas modificações, formaram a “Regra” de 1221.
Fundação dos primeiros monastérios
Retornados à Roma, os frades se instalaram em uma pequena casa perto de Rivotorto, na estrada de Foligno. Este lugar foi escolhido por que era perto de um hospital de leprosos. Mas a acomodação era húmida e perigoso para a saúde, por isso os frades não puderam passar mais do que um ano lá. Foi então que eles foram para um pequeno mosteiro, o Santa Maria dos Anjos, na planície do Tescio, perto de Assisi. No meio do bosque e abandonado, o mosteiro foi cedido a São Francisco e aos seus frades.
Esta nova “forma de vida” atraiu também mulheres: a primeira foi Clara Scifi, filha de um nobre de Assis. No Domingo de Ramos de 1211, no mosteiro de Santa Maria dos Anjos, Clara pediu a Francisco se poderia entrar na sua Ordem e na mesma noite ela recebeu os trajes do Santo. Franciso lhe acomodou no monastério beneditino de Bastia Umbra, e depois em Assis. Depois de Clara, outras garotas seguiram o seu exemplo (como Agnes, irmã de Clara) e se juntaram na Igreja de São Damião e iniciaram o que seria chamado no futuro de “as clarissas”, entre as quais se distuinguem Caterina de Bologna, Camilla de Varano e Eustoquia de Messina. Nestes mesmos anos, no convento de Montecasale, iniciou-se uma pequena comunidade de seguidores.
Crescimento da Ordem e viagem ao Egito
Com o tempo, a fama de Francisco cresceu imensamente e com isso também o número de frades franciscanos. Em 1217, Francisco presidiu o primeiro dos capitolos gerais do Oriente, que viria a acontecer a cada dois anos, ali mesmo no mosteiro. Este evento ocorreu com a exigência de estabelecer a vida comunitária e de organizar as orações, reforçar a unidade interna e externa, de decidir novas missões.
Depois do primeiro, foram organizadas grande expansões da Ordem na Itália, missões foram enviadas à Alemanha, França e Espanha.
Em 1219, Francisco foi à Ancona para embarcar para o Egito e Palestina, onde há dois anos acontecia a quinta Cruzada. Durante esta viagem, no assédio à cidade egípcia de Damietta, junto ao frade Illuminato, obteve a permissão do Cardeal Pelagio Galvão para encontrar desarmado o sultão al-Malik al-Kāmil, sobrinho de Saladino. O objetivo do encontro era de poder proclamar o evangelho e converter o sultão e seus soldados,pondo um fim à guerra.
A interpretação da relação de Francisco com o Islã e as cruzadas ainda hoje não é fácil, constituindo um assunto discutido dadas às controvérsias entre quem o vê como um sustentador das cruzadas e quem considera as suas ações como um repúdio à elas. A narração do encontro chegou até nós, além das biógrafos do Santo, mas testemunhas de época, cristãos e árabes. A versão fornecida através de São Boaventura cita maltratamentos que os soldados sofreram pelos árabes e a defesa de Franciso das Cruzadas, bem como a justificação da guerra aos muçulmanos infiéis. Na história contada por Tomás de Celão, Francisco causou uma profunda admiração da parte do sultão, que lhe ofereceu com muito respeito inúmeras riquezas. Segundo a narração hagiográfica, Francisco passou pela prova do fogo, representada em várias séries de afrescos.
A revolução pacífica que a nova Ordem estava realizando começou a ser evidente aos olhos de todos. Logo iniciaram os primeiros problemas, e Francisco temia que a sua irmandade perdesse seus propósitos iniciais.
Êta vida de paixão e cheia de acontecimentos! Logo mais, a terceira e última parte da série Ele se chama Francisco!
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Sempre me perguntei por que nenhum Papa tinha desejado ter o nome de Francisco.
Chegamos, finalmente ao dia em que o Papa sulamericano recentemente escolhido quis ser chamado assim!
Este é um breve post que tenta contar um pouquinho da vida do San Francesco. Logo mais, postarei sobre como sua vida mudou ao entrar na Igreja e como ele se aplicou para obter o reconhecimento da sua nova ordem, junto ao Vaticano.
Para quem passa em Roma perto da Basílica de São João em Latrão, faça atenção ao monumento dedicado à vinda de São Francisco à Roma para pedir ao Papa Innocenzo III o reconhecimento da sua ordem!
Foto Basílica S.Francesco d’Assisi, de Nicola Albertini
Também conhecido como “São Francisco de Assis”, o túmulo deste santo é um destino de peregrinação de dezenas de milhares de devotos todos os anos. “Guia de Roma Blogspot” realizava uma excursão com Saulo e seus parentes à Assis e Cascia, no mesmo dia em que o Cardeal Bergoglio foi eleito Papa e decidiu assumir o nome pontifical de Francesco, em honra a San Francesco de Assis.
A cidade de Assis, em razão do seu mais famoso cidadão, tornou-se um símbolo de paz. S. Francisco é o padroeiro da Itália, além de ser um dos santos mais populares e reverenciados do mundo.
Graças ao “Cântico do Sol”, Francesco é reconhecido como um dos fundadores da tradição literária italiana.
Francisco nasceu em 1182 , filho de Pedro Bernardone de Moriconi e da nobre Bourlemont Pica, de origem francesa. A família da classe média emergente, viveva entre a cidade de Assis, e Provence (França), por causa do comércio de tecidos de Pedro Bernardone, através do qual tinha alcançado riqueza e bem-estar. Francisco foi batizado com o nome de João (em honra ao apóstolo João) na igreja construída em homenagem ao santo padroeiro na Catedral de 1036. Entretanto, o pai decidiu mudar seu nome para Francisco, incomum para a época, em honra da França, onde tinha feito a sua fortuna.
A casa da família Bernardone era localizada no centro da cidade, dividida em depósito de para os tecidos e comercialização dos mesmos. Pedro Bernardone vendia sua valiosa mercadoria em todo o território do Ducado de Spoleto, que na época incluia a cidade de Assis.
As hagiografias várias do santo não falam muito sobre sua infância e sua juventude, mas tende-se acreditar que ele foi educado para tomar o lugar de seu pai nos negócios da família.
Depois da escola elementar na igreja de São Jorge (onde, a partir de 1257 foi construída a atual igreja de Santa Clara), Francisco tinha 14 anos e inicou a se dedicar totalmente ao comércio. Ele passou sua juventude entre os aristocratas e nas brigadas de Assis e os cuidados dos negócios de seu pai.
Em 1154 houve uma guerra entre Assis e Perugia. As duas cidades mantinham uma rivalidade irredutível que durou séculos. O ódio cresceu com o fato que Perugia se aliou aos guelfinos, e Assis, aos guibelinos. Essa escolha levou a cidade de Assis a sofrer uma derrota esmagadora em Collestrada, perto de Perugia, no ano de 1202. Francisco participou do conflito, foi capturado e preso. A experiência da guerra e cativeiro o chocaram de tal forma que o levaram a um completo repensamento da sua vida, que a partir daí começou um caminho de conversão, levando-o a “viver na alegria de ser capaz de preservar a intimidade de Jesus Cristo em seu coração”.
A guerra terminou em 1203 e Francisco, gravemente doente, depois de um ano de prisão foi libertado quando seu pai pagou uma fiança. Voltando para a casa, ele recuperou gradualmente sua saúde, godendo do conforto material que a sua família lhe oferecia. De acordo com seu biógrafo mais famoso, Tomás de Celano, eram esses lugares isolados da propriedade de seu pai, que contribuiram ao despertar em Francisco de um amor absoluto e total para a natureza, que ele passou a ver sempre com mais intensidade como uma obra maravilhosa de Deus.
Do ponto de vista histórico, as circunstâncias da conversão de São Francisco não foram esclarecidas e temos informações apenas através dos hagiografias (biografia de santos feita pela Igreja). Aos poucos ao desejo frustrado de se transformar em cavalheiro que partia para as cruzadas (considerado uma das maiores honras para os cristãos do ocidente), crescia em Francisco também o sentimento de profunda compaixão pelos fracos, pelos doentes e marginalizados: esta compaixão, mais tarde se intensificou, transformando-se em um “febre de amor” real para com o próximo.
Em 1203-1204 Francisco estava partindo com outros cavaleiros para Jerusalém, quando adoeceu e teve um profundo arrependimento. Mais tarde ele iria dizer que foi persuadido por revelações feitas a ele através de sonhos, em duas noites: no primeiro sonho, ele viu um castelo cheio de armas e ouviu uma voz que prometia que tudo o que ele desejasse, obteria. Na segunda noite, ele ouviu a mesma voz novamente perguntá-lo se ele pensava “ser mais útil seguir o servo ou ao mestre “. “O mestre “, ele respondeu: “Então por que você abandonou o Senhor, para seguir o servo? ‘
Francisco renunciou ao seu projeto e retornou a Assis. Desde então, ele já não era o mesmo homem. Muitas vezes, retirava-se para lugares desertos para orar.
Mais tarde, em Roma, onde ele tinha sido enviado pelo pai para vender um lote de tecidos. Com o dinheiro da venda, não só distribuiu o dinheiro entre os pobres, mas trocou suas roupas com um mendigo e começou a mendigar na porta da Basílica de São Pedro.
Sua atitude em relação às outras pessoas mudou radicalmente. Um dia ele encontrou um leproso e, além de dar-lhe uma esmola, abraçou-o e beijou-o. Ele mesmo afirmou posteriormente que não poderia suportar nem mesmo a visão de um leproso até aquele momento, mas depois desse episódio, ele escreveu que “O que me parecia amargo, foi transformado em doçura da alma e do corpo” (Testamento de São Francisco, 1226).
Mas é em 1205 que acontece o episódio mais importante da sua conversão: ele estava rezando na igreja de São Damião, e disse ter ouvido o Crucifixo falar as seguintes palavras três vezes: “Francisco, vai e conserta a minha casa que, como você vê, está em ruínas. ”
Depois disso, as ações “estranhas” do jovem tornaram-se ainda mais freqüentes: Francesco pegou uma parte do estoque de tecidos na loja de seu pai e foi para Foligno para vender, vendeu também seu cavalo e voltou para casa a pé, e ofereceu o dinheiro das vendas ao padre São Damião, para que restaurasse a sua igreja. Ao saber disto, Pedro Bernardone ficou furioso, e muitos em Assis ficaram do lado de seu pai, que via desaparecer as expectativas em ver seu filho como seu sucessor nos negócios: Francisco, com sua generosidade excessiva, começava a ser interpretado por seu pai como uma pessoa que dava sintomas de doença mental.
A partir deste fato, seu pai tentou escondê-lo das pessoas. Mas Francisco era teimoso, até que seu pai se sentiu obrigado a denunciá-lo ao cônsul pelos danos materiais que tinha sofrido, para pressionar seu filho a mudar seu estranho comportamento. Francisco, por sua vez, apelou à uma outra autoridade: ao bispo da cidade. O processo teve início no início do ano de 1206 no palácio do bispo e toda a cidade estava presente para assistir.
Assim que o pai de Francisco acabou de falar, Francisco imediatamente se despiu e devolveu ao pai todos os seus vestidos, dizendo: “Até agora te chamei de meu pai na Terra; a partir de hoje posso dizer com toda a certeza que o Pai nosso está o céu, por que nele depositei todos os meus tesouros, minha confiança e esperança.” O bispo imediatamente tentou cobri-lo dos olhares do público, sem entender exatamente o que estava acontecendo.
Depois deste evento Francisco deu início a um novo percurso na sua vida e o gesto do bispo foi interpretado como a disposição da Igreja em acolhê-lo.
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Olá, eu sou a Patricia e me apaixonei por Roma em 1994, quando ainda era uma estudante de Artes Plásticas em Hamburgo. Desde então fiz várias viagens para estudar a Cidade Eterna e em 1998 me mudei para cá. No Turismo estou desde 2007, quando comecei a trabalhar com alemães. Sou guia credenciada em Florença e Roma e este blog é um elogio muito pessoal sobre a minha paixão pela cultura Clássica. Na minha equipe trabalham as melhores guias que falam português nas principais capitais italianas, escolhidas a dedo por mim ao longo dos anos.Busca no Blog
setembro 13, 2011
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