O Circo Massimo (Circo Máximo) é um antigo circo romano, onde aconteciam corridas de cavalos. Está localizado num vale entre as Colinas Palatino e Aventino. Dada à sua superfície plana, muito provavelmente este espaço serviu como lugar para o antigo mercado onde gregos e etruscos comerciavam.
Acredita-se que as primeiras arquibancadas foram construídas pelo rei Tarquinio Prisco, no VI séc a.C.. As estruturas eram feitas naquele tempo em madeira e eram móveis. No I séc a.C. Júlio César investiu muito no Circo Máximo, construindo estruturas fixas com tijolos e cal que deram a aparência que chegou até nós. O circo media 621m de cumprimento e 118m de largura, com capacidade para 250.000 espectadores.
Relembro que a profissão de guia de turismo na Itália é regulamentada, portanto é necessário que o profissional escolhido seja um GUIA – e não ACOMPANHANTE – credenciado.
A corrida de bigas (superfície com rodas puxada por dois ou mais cavalos, “quadrigas”) era uma das competições esportivas mais populares do mundo antigo grego e romano. Este esporte era muito perigoso seja para os cavaleiros que para os cavalos, que corriam o risco de graves acidentes ou até mesmo de morte!
Os espectadores amavam muito este espetáculo, que assistiam fervorosos; era qualquer coisa muito parecida com uma corrida de motos ou de fórmula 1 de hoje em dia. Até mesmo a organização da corrida de bigas tinha algumas semelhanças com as nossas corridas de hoje: o modelo romano contava com várias equipes, cada um com seus patrocinadores e lutavam para possuir o melhor cavaleiro no próprio time. O objetivo era dar 7 voltas (mais tarde 5) ao redor da pista. Bater nos carros adversários para distraí-los era proibido, mas acontecia.
Naturalmente, os espectadores torciam cada um para o seu time, apaixonadamente, e às vezes dava briga entre as torcidas (soa familiar?!).
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A potência que os jogos exerciam nas multidões foi notada pelos governantes e foi manipulada politicamente, ampliando o significado meramente desportivo inicial do evento. Os imperadores procuravam controlar o evento e existia uma casta de empregados públicos que seguia ferreamente as vicissitudes das corridas.
Não sabemos exatamente quando o Homem iniciou a competir sobre os cavalos; supõe-se que a corrida pode ser tão velha quando a invenção da própria biga. Testemunhas iconográficas em formas de afrescos nos informam que este esporte já era praticado na época micênica (Idade do Bronze no Mar Egeu, em torno a 1600 a.C. e 1050 a.C.).
O primeiro episódio escrito de uma corrida de bigas foi realizado por Homero (928 a.C. – 898 a.C.). Ele nos conta no XXIIIº da Ilíada a realização de uma corrida durante a comemoração do funeral de Patroclo: foram cinco os partecipantes, que tinham que ir até uma árvore, dar a volta e retornar. O vencedor, Diomedes, ganhou e o prêmio foi uma escrava e um caldeirão cheio de bronze.
Uma lenda diz que esse evento deu origem aos Jogos Olímpicos.
O momento mais emocionante da corrida eram as curvas, onde aconteciam a grande maioria dos acidentes, muitas vezes mortais.
A fama deles podia se espalhar pelo Império, como aconteceu com o famoso Scorpo, que venceu mais de duas mil corridas, para depois morrer aos 27 anos em uma curva (meta).
O palácio do Imperador ficava no alto do monte Palatino (onde vemos hoje ruínas quando estamos bem no meio do Circo Máximo) e os imperadores frequentavam as corridas para serem vistos pela população, que tinha acesso grátis às competições.
Júlio César frequentava o Circo para ser visto pela população, dado que no período imperial o povo quase não via mais o seu chefe de estado, como no período republicano. Diz-se que César aparentemente não gostava das corridas e levava sempre um livro consigo para ler durante a competição!
O mesmo não podemos dizer do Imperador Nero, que era apaixonado pelo esporte e tinha até vencido os Jogos Olímpicos competindo como cavaleiro!
Dopo a queda do Império Romano do Ocidente, a popularidade das corridas caiu muito e logo depois o mesmo aconteceu no Império Bizantino.
Além do Circo Máximo, em Roma tinha o Circo de Maxêncio (na linda Via Appia) e outros espalhados pelo Império: Milão, a Alessandria, Antioquia, e Terragona.
Heródoto, o Grande, mandou construir quatro grandes circos na Judéia.
Hoje em dia o antigo circo é um lugar onde acontecem manifestações e concertos – o último grande concerto foi dos Rolling Stones em 22 de Junho de 2014.
(update da página em Agosto 2014)