Especial Sicília – Catânia
É uma emoção indescritível chegar em Catânia de avião, observar sob diferentes ângulos essa enorme presença que é o Etna, e os campos cultivados que imediatamente nos lembram das maravilhosas especialidades culinárias da região que vamos logo saborear!
“(…) Vemos aqui o amor da natureza pelo colorido: como ela se diverte em produzir uma lava azul, cinza e preta e sobre ela esparramar um musgo amarelo e espesso que serve de chão à uma bela suculenta vermelha, que por sua vez cresce exuberantemente rodeada por outras lindas flores violetas. (…)”
E é do exótico café-da-manhã que começamos a nossa reunião de trabalho com a nossa guia!
Marcada pelo barroco, depois do fatídico terremoto de 1693, que destruiu a cidade e boa parte do Vale de Noto, Catânia é a segunda maior cidade da Sicília e fica a 28km da cratera central do vulcão.
Típica é a feira da cidade, com a grande oferta de peixe, o Duomo com seu elefante alla Bernini e os símbolos da santa padroeira da cidade no topo do obelisco, a folha de palmeira e as flores de lírio.
Quase não perceberemos os sacos escrotais do paquiderme, inseridos após a insistente solicitação da população – a nossa guia nos explica que elefantes possuem estes órgãos internos, mas quando o monumento foi realizado, prevaleceu o desejo fantasioso do povo sobre a anatomia de precisão do artista Vaccarini!
A catedral, dedicada à Santa Ágata e reconstruída na metade do século XVIII sobre restos de termas romanas, tinha sido originalmente construída pelos normanos, no XI ° século. De novo temos uma obraprima do Vaccarini. Aos devotos da santa ou curiosos, escolham Fevereiro para vir à Catânia por causa da Festa de Sant’Agata. Fevereiro também será um mês interessante para quem tem vontade de fazer um trekking no Etna!
Dignos de nota dentro da catedral são o excelente resultado do restauro do século XX, que removeu a decoração em gesso do século XIX e as telas de Guglielmo Borremans, pintor holandês, conhecido como Fiammingo.
Na nave direita, temos a pia batismal com um afresco de Giovanni Tuccari e no segundo pilar, a sepultura de Vincenzo Bellini (que morreu em Paris com apenas 34 anos). Seguindo ao fundo a nave da direita, o portal de entrada em mármore da Capela da Virgem, do século XVI do Mazzolo (1545). A Capela da Santa Ágata é uma das atrações principais com as estruturas em prata com acabamento dourado e que contém as relíquias da santa – um trabalho do final do século XIV do senês Giovanni Di Bartolo. A ábside é decorada com um entalho do final do século XVI do napolitano Scipioni di Guido, com histórias da vida, martírio e transporte das santas relíquias de Constantinopla à Catânia.
A deliciosa e fresca (no verão super quente!) fonte do Amenano, é um trabalho do escultor Tito Angelini, de 1867 e é exatamente a passagem da praça do Duomo à famosa feira da cidade.
À medida que o calor aumentava chegamos na frente do Castelo Ursino, construído por Frederico II e minha pressão abaixava, fui salva pela minha guia quando me ofereceu um Seltz, uma bebida com suco de limão, água com muito gás e sal!
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