A pracinha de Santa Cecília em Trastevere é o delicioso cenário onde se abre mais uma porta no tempo e que nos leva ao período entre os séculos II e IV d.C., quando a santa sofreu seu martírio em torno ao ano de 230.
Trastevere é um daqueles lugares que nunca acaba de te surpreender.
Como já comentei em outros posts sobre igrejas e basílicas, muitas vezes foram contruídas sobre a casa ou lugar onde o (a) santo (a) sofreu seu martírio; a tradição nos conta que Santa Cecília viveu aqui.
Este lugar há mais de dois mil anos de história, pois nos muros da antiga casa da santa foram encontradas técnicas de construção do II século a.C..
A primeira estrutura foi realizada por ordem de Gregório Magno, no VI século; vemos muito bem alterações que a construção original sofreu durante os séculos XII e XIII, depois no Renascimento tardio, século XVIII e o último grande restauro do início do século XIX, onde para reforçar a estrutura, englobaram as antigas colunas que sustem o teto, nos pilares que vemos hoje dividir as naves.
Quais são as obras de arte e curiosidades históricas mais importantes desta basílica?
Lindo o afresco do teto da nave central, com o tema da “Apoteose de Santa Cecília”, de Sebastiano Conca, início do século XVIII, a capela com a tela do Guido Reni, onde supõe-se esteja a piscina onde aconteceu o primeiro martírio da santa.
No presbitério baldaquino de Arnolfo de Cambio em mármore preto e branco con arcos trilobados, tímpano e cúspide, decorado com anjos, profetas e evangelistas. Maravilhoso o mosaico do IX século com santos e o papa Pasqual I, que mandou construir a igreja.
Logo abaixo do baldaquino, vemos a escultura de Santa Cecilia, realizada por Stefano Maderno.
Esta basílica tem ainda muitas surpresas subterrâneas, uma zona arqueológica muito bem conservada e o afresco com o Juizo Universal de Cavallini, importante pintor romano considerado erroneamente aluno de Giotto, por Vasari.
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