Segesta na Sicília, um sítio arqueológico maravilhoso perto de Trapani e Alcamo (onde produzem um vinhozinho branco, que eu vou te contar….). No verão italiano a palavra de ordem é: MAR! A partir do início de Junho, em Roma o pessoal fica maluco e já começa à ir para a costa durante os fins de semana; meu preferido é a Sicília, isso já está claro para os leitores do blog.
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Selinunte: a Grécia aqui na Sicília
Selinunte é uma das áreas arqueológicas mais importantes do mundo e fica a uma boa distância para quem estiver hospedado em Trapani, Marsala ou arredores de Agrigento
Tivemos hoje, de novo, um terrível terremoto na Umbria. Este post é uma homenagem simbólica ao país que amo e que já vivenciou todos os tipos de alegrias e tragédias que somente uma gama divina poderia inventar; sei que vai resistir também às novas plactas tectônicas que têm dado muito trabalho neste ano de 2016.
Esta região foi habitada na noite dos tempos por povos indígenas, chamados “Sicanos“, depois por Fenícios (obviamente!) e gregos – segundo Tucídides -, que depois foram conquistados pelos romanos (III ´séc. a.C.). Selinunte teria sido fundada na segunda metade do VII séc. a.C. e atingido uma população de 70.000 habitantes.
Selinunte surge no topo de escolhos, a 40m sobre o nível do mar, num lugar com uma vista deslumbrante para fundar uma cidade.
As ruínas que vemos hoje são divididas em duas partes do sítio arqueológico: a colina ocidental com a Acrópole e a colina oriental, com os templos gigantescos, chamados templos E (dedicado provavelmente à Hera) – templo F (dedicado à Atenas) – templo G (dedicado a Zeus), que foram construídos entre os anos 560 a.C. e 470 a.C.. É por estes aqui que começamos a nossa excursão.
Para agilizar o percurso, quando chegamos aqui ficamos tão emocionados que queremos chegar logo perto das enormes colunas dos templos… então estes carrinhos aceleram o percurso…
O material de construção dos templos vinha das pedreiras a Leste da cidade antiga (chamada “Cave di Cusa” ou “pedreiras de Cusa” em português) e era constituído por rocha sedimentária; aliás, a zona escolhida pelos engenheiros era exatamente onde esta rocha se demonstrava mais compacta, de modo que fosse possível extrair gigantescos blocos para a construção dos elementos que formavam os gigantescos templos . Os arqueólogos identificam uma brusca interrupção dos trabalhos da pedreira, mas até hoje não sabemos a razão.
O templo conhecido como de “Hera” era o segundo maior de Selinunte (~67 x ~25m), mas é o que chegou mais inteiro até nós. Foi construído em estilo dórico, em torno a 480 a.C e suas colunas medem 10m de altura. É um colosso construído com precisão de centímetros para as famosas correções óticas.
Na colina ocidental, temos os templos A, dedicado aos deuses Cástor e Pólux – tempolo B, pequena construção com muitos traços de policromia; aqui a estrela é o templo C, dedicado a Apolo, e D e vários altares onde eram incineradas as ofertas aos deuses.
Aqui ainda podemos percorrer uma das duas ruas principais que leva à gigantesca muralha do V século a.C. com as torres.
Visitar Selinunte é chegar mais perto das nossas próprias raízes e poder nos maravilhar mais uma vez com a tecnologia e engenharia gregas de uma cidade planejada onde é verifica-se mais uma vez a capacidade do Homem em estudar e modelar a Natureza para viver e honrar seus deuses.
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Inesquecível.
Endereço: Via Selinunte
Província : Trapani
Tel. : 092446277
Horário de ingresso : Abertura às 9h. Fecho: do dia 1° de Outubro às 17h (saída até às 19h); de 28.10 às 16h (saída até às 19h).
Ticket inteiro: € 6
Ticket reduzido: € 3
Mais sobre a Sicília: Siracusa, Catânia, Trapani, Segesta, Palermo, Ginostra (ilhas Eólias) e Culinária na Sicília, uma introdução básica
Óstia Antiga é um sítio arqueológico de grande importância a 25 km de Roma. Visite-o antes que vire Patrimônio UNESCO!
O absurdo fato disso ainda não ter acontecido faz com que um lugar de importância capital não tenha a multidão que vemos no Coliseu e Foro Romano.
O absurdo fato disso ainda não ter acontecido faz com que um lugar de importância capital não tenha a multidão que vemos no Coliseu e Foro Romano.

Eu, no Teatro de Ostia
Breve história da antiga cidade de Óstia
A lenda nos conta que foi o quarto Rei de Roma, (Anco Márcio, 640-616 a.C.), quem fundou a cidade de Óstia na foz do Rio Tibre. Alí produzia-se sal, um bem de grande importância na antiguidade para temperar alimentos e sobretudo conservar a carne. Posteriormente a posição geográfica de Óstia se demonstrou fundamental para proteger a sede do Império que nascia.
Yu-huuu! Mais um ângulo do Teatro de Óstia Antiga
Quando Roma conquistou os Etruscos na famosa batalha de Veio, em 396 a.C., o governo resolveu construir um forte para defender Roma na foz do rio Tibre. A partir deste momento, o papel de Óstia na história assumiu uma importância vital na aurora do nascimento do grande Império.
Maravilhosos Opus Sectile pavimentais
O forte, que abrigava originalmente 300 famílias, cresceu e causou mudanças radicais na urbanização da região, que abrangia 50 héctares e tinha três portas nos muros da cidade.
Com o tempo, o forte adquiririu uma outra função fundamental para Roma: receber o grão, e depois todas as mercadorias que supririam o Império.
Mosaico pavimental
Óstia Antiga durante o período do Império Romano
Augusto deslocou a frota militar de defesa de Roma para o sul (Misenum, na Campania) e a importância comercial de Óstia se consolidou como porta de entrada de mercadorias que supria Roma, que no meio tempo tinha atingido a beleza de um milhão de habitantes. Augusto construiu um teatro e redesenhou o centro político, civil e religioso, além de construir templos e praças.
Maravilhada com os mosaicos; parecem os Cosmatas!
Pouco mais de um século da realização do forte, no ano de 270 a.C., a capital já contava com 187.000 habitantes e precisava manter esta população!
Durante o período Imperial, Óstia chegou a ter em torno a 200.000 habitantes.
Eu no Capitólio de Óstia Antiga
O que ver em Óstia Antiga
Esta cidade tem uma arquitetura sui generis na antiguidade, pois foi habitada até os séculos VIII e IX. Aqui vemos um desenvolvimento urbanistico como em nenhuma outra cidade do Império, pois, por exemplo, Pompéia teve seu desenvolvimento interrompido já em 79 d.C.!
O que vemos hoje é o resultado das escavações que aconteceram na metade do século XX.
A maior parte dos edifícios foi realizada após a grande re-estruturação do Imperador Adriano, que elevou o nível do chão da cidade para impedir que ela se alagasse com as cheias do rio.
Na enorme área arqueológica vemos termas, restaurantes, casas de famílias ricas, apartamentos onde moravam as pessoas mais pobres, lavanderias, bares, lugares de culto, sinagogas (claro, Óstia, cidade de porto, tinha uma população estremamente cosmopolita!), a praça central com o capitólio de Óstia e muitas, muitas ruas com o antigo basalto romano.
Um dos edifícios mais famosos é um antigo armazém cujas paredes eram tão espessas que esta construção ainda exercita esta função hoje! Aqui ficam várias peças consideradas mais preciosas, trancadas a sete chaves!
Nosso cliente veterano, Roberto, no Teatro de Óstia Antiga em Dezembro de 2016
É um lugar muito curiosos, pois nos tantos edifícios podemos apreciar detalhes da vida quotidiana da antiguidade, como o sistema de abertura das portas, o sistema de calefação das casas, a beleza de alguns pavimentos das domus romanas, que aqui têm uma estrutura completametne diferente do resto do império….
Templo de Mitra, Cautes com galo
Detalhes da vida da cidade de porto no período imperial
Isso para não falar na praça das corporações: um unicum no seu gênero, pois Óstia era um porto e esta praça nos revela segredos do passado do mundo comercial antigo: vocês vão ficar de boca aberta quando entenderem o quanto os romanos antigos eram inteligentes e organizados!
A quantidade de armazéns em uma cidade de porto é enorme. Aqui, os mais famosos são os armazéns dos “liberti” (ex-escravos e neste caso, ex-escravos que se tornaram empresários importantes) de Epagathiana e Epafroditiana. Ainda é pouco clara a função destes edifícios, mas acredita-se que funcionasse como uma caixa-forte, pois as dobradiças dos portões eram enormes e resistentes.
Obviamente entenderemos também o interessantíssimo fluxo de indas e vindas das tantas precioasa mercadorias sobre o rio Tibre para alimentar e fornecer com materiais de construção a capital do grandioso império dos romanos.
Restaurante, que na antiguidade se chamava “Thermopolium“!
Brinco sempre dizendo que é uma das áreas arqueológicas mais perfumadas que existe, pois Óstia é cheia de pinheiros e o ar aqui é muito bom por causa da proximidade ao mar; passear aqui é uma delícia também para os sentidos, pois a área arqueológica é tão grande tem espaço à vontada para os milhares de visitantes que chegam aqui dos quatro cantos do mundo fazerem seus passeios na santa paz!
A família da Eliana no Thermopolium em Dezembro de 2016
Este passeio é perfeito para quem quer conhecer em profundidade a História da Roma Antiga, sem ter que ir à Pompei ou Ercolano.
É possível subir no alto de alguns palácios antigos para apreciar o panorama… e que panorama de cidade antiga!!!
O percurso que costumamos fazer é mais ou menos este: Necrópoli, Porta Romana, Decumano Massimo, Termas de Netuno (ou quartel), Teatro, Praça das corporações, Termas do Foro, Latrina, Foro, Casa de Diana (exterior), Termopólio, Panetteria (moinho), e por fim, indo para a saída, vemos os lindos mosaicos das Termas dos Cisiari (Motoristas dos carros, isto é, os taxistas da época romana!).
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Horário de abertura do sítio arqueológico de Óstia Antiga:
Fechado todas as Segundas-feiras e dia 1° de Janeiro, 1º de Maio e dia 25 de Dezembro.
Janeiro e Fevereiro, Novembro e Dezembro:
08.30 – 16.00 (última entrada às 17.00)
08.30 – 16.00 (última entrada às 17.00)
Último domingo de Março até Outubro:
08.30 – 18.00 (saída do público até às 19.00)
Do último domingo de Outubro até dia 1º de Novembro:
08.30 – 17.00 (saída do público até às 18.00)
08.30 – 17.00 (saída do público até às 18.00)
Entradas: € 10,00
Menores de idade: gratuito
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setembro 13, 2011
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