“Roma Barroca” é o termo que o mundo do Turismo atribiu ao passeio do centro histórico de Roma, que tem uma predominância de contruções do período Barroco.
O que é a Roma Barroca?
Este estilo nasceu nas ultimas décadas do século XVI em contraposição à Reforma Protestante e tinha como objetivo conquistar o observador, seduzindo-o através da beleza, que neste momento era comunicada na exageração da expressividade das formas e expressões do corpo humano, na ampliação dos ambientes através cálculos de perspectiva, na comunicação entre o espaço interior e exterior dos edifícios utilizando linhas curvas, na utilização de linhas côncavas e convexas, no dinamismo dos grupos escultóreos, na utilização de mármores coloridos… e na linguagem criada pelo gênio qe foi Caravaggio.
O que ver de Barroco em Roma:
O maravilhoso centro histórico oferece praças de vários tamanhos, largos e ruelas que foram se instaurarando sobre construções anteriores, e que por isso têm a forma que vemos hoje: em alguns lugares muito irregular, em outros, desenhada com o compasso, como é o caso da Praça Navona. Esta praça foi desenhada por Bernini, sob ordem do Papa Inocêncio X, um dos personagens que fizeram de Roma no seu tempo uma cidade Barroca.
Isso para não falar da explêndida Igreja de Jesus, a primeira igreja da Companhia de Jesus, de Inácio de Loyola. Ali perto tem também o enorme Colégio dos Jesuitas, realizado por ordem do Papa Gregorio XIII, homem iluminado que mandou fazer alguns dos mais maravilhosos afrescos dos Palácios Vaticanos.
E para coroar a tua experiência no mundo Barroco, nada melhor do que visitar a Galleria Borghese, verdadeiro antro do pensamento barroco e a Igreja Santa Maria della Vitória.
Quem fez o Barroco de Roma
Não há obra sem uma ordem de uma ordem precisa de comissão. Entre os nomes que comissionaram obras no período barroco temos o Papa Urbano VII Barberini, Inocêncio X Pamphili, Alexandre VII Chigi, Scipione Borghese. Entre os arquitetos-artistas, além de Bernini e Borromini, temos Pietro da Cortona, Carlo Maderno (que realizou nada mais nada menos do que a fachada da Basílica de São Pedro), Raggi, Carracci e Baciccia, Andrea Pozzo, Sebastiano del Piombo.
Conhecer o centro histórico de Roma significa entrar no mundo mágico do estilo Barroco, aprender a apreciar sua filosofia e seus edifícios, seus maiores mestres Bernini e Borromini, com uma boa dose de Caravaggio.
Exceções por que Roma é Roma
Ao passear pelo centro será inevitável o encontro com monumentos como o Pantheon ou com o que sobrou do Templo de Adriano, as colunas das Termas de Nero ou as arcadas das Termas de Agripa, naturalmente monumentos da Antiguidade. É interessantíssimo entender o que aconteceu no tecido urbano de uma cidade que vive o que chamamos hoje de “centro histórico” há mais de dois mil anos.
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