A colina chamada Celio em Roma, ao lado do Coliseu, não pode não ser uma fonte inesgotável de monumentos, e igrejas importantes, com edifícios e afrescos fundamentais na história de Roma (para não falar do lindo parque, sede de um festival de jazz, a Villa Celimontana).
A colina Celio é limitada grosso modo pelo Coliseu, Muros Aurelianos, Basílica de São João em Latrão, parque do Colle Oppio e Termas de Caracalla.
Do Coliseu vemos uma das pontas do alto da colina onde ficava o templo do Divo Claudio erguido no ano 54, com quase 400 metros quadrados de superfície e transformado em Ninfeo da Domus Aurea pelo imperador Nero. Do primeiro andar do Coliseu vemos as ruínas do Ludus Magnus, a antiga escola de gladiadores, construída pelo imperador Domiciano (81-96 d.C.), que só foi descoberta no final dos anos ’30 do século XX.
Uma das igrejas mais conhecidas e visitadas da colina Célio é a Basílica de São Clemente, famosa por ser construída sobre edifícios romanos do período de Nero, onde um Mitreu pode ser apreciado, permitindo assim ao visitante de caminhar no nível da rua de dois mil anos atrás e ver a famosa “basílica inferior”, construída .
O monastério e basílica dos Santos Quatro Coroados, é hoje uma enorme estrutura medieval que mais parece um burgo, mas foi construída em cima e ao redor de uma igreja do IV século. A igreja foi dedicada a quatro soldados (ou escultores) mártires, Severo, Severiano, Carpóforo e Vittorino, que teriam se recusado adorar uma estátua do deus Esculápio (ou, segundo uma outra lenda, teriam sido escultores que se recusaram de esculpir a sua estátua). No seu interior encontramos a microscópica igreja de São Silvestre (afrescos interessantíssimos e em ótimo estado de conservação) mas de mão de obra não tão refinada quanto os afrescos do andar superior, a Aula Gótica, também conhecida como a “Capela Sistina da Idade Média” em Roma – mais uma razão para você visitar a colina do Celio!
O museus das Casas Romanas do Célio, é uma testemunha fundamental de afrescos romanos, arte que quase não deixou traços em Roma por causa dos tantos incêndios, possui afrescos do III e IV século, além de serem um espaço fascinante que nos mostra transformações típicas que aconteceram ao longo dos séculos, com moradias simples que eram compradas por nobres e transformadas em mansões.
A igreja dos Santos Mártires João e Paulo fica bem em cima das Casas Romanas; se tiver sorte, o guardião vos levará para ver os afrescos que ficam escondidos atrás do altar!
Santo Estevão Redondo, uma das minhas primeiras paixões do Celio, com a arquitetura em planta central circular e os afrescos de Pomarancio é uma das igrejas mais sugestivas de Roma.
A colina Celio também guarda um “pedaço” de aqueduto Cláudio (que vemos melhor na Via di San Gregorio, perto da entrada do Palatino), na pitoresca entrada da rua Clivo di Scauro, que nos leva às maravilhas citadas aqui.
Por ultimo não posso deicar de nominar a Igreja de São Gregório que me faz pensar em primeiro lugar ao nobre santo e às cortesãs de Roma. Só essa maravilhosa colina já dava três dias de passeio – três dias intensos! Conheça Roma com quem conhece Roma, romaemportugues@gmail.com !
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