A basílica dos Santos João e Paulo no Celio é dedicada a dois legionários que foram vítimas das persecuções durante o governo de Juliano o Apóstata, na segunda metade do século IV, e enterrados na própria casa após o martírio.
A localização da Basílica dos Santos João e Paulo no Célio
A colina do Celio foi uma das primeiras a serem incluídas nos antigos muros da cidade, portanto é de enorme riqueza arqueológica. Aqui existiam mansões de famílias ricas – muitas das quais tiveram as suas propriedades retiradas por Nero, quando foram acusadas de partecipar de uma conspiração.
Campanario da basilica dos Santos João e Paulo no Celio
Mas um bairro simplesmente residencial não resume a riqueza de edifícios que preenchia a sua superfície na antiguidade! Até hoje se vêem as ruínas das fundações que sustentavam o enorme templo dedicado ao divo Claudio, a caserma militar “Castra Peregrina“, a V Coorte dei Vigiles, instituição que cuidava da segurança e funcionava como corpo de bombeiros, instituida pelo Augusto e a Porta Caelimontana, um dos portões de entrada através de muros antiquíssimos de defesa da cidade, os pseudo-Servianos, do IV a.C..
A basílica se localiza na graciosa Praça dos Santos João e Paulo.
Arquitetura e decoração da Basílica
A basílica foi construída no V século em cima de casas do II-III século d.C., com planta retangular e interior dividido em três naves, por sua vez separados por 12 arcadas. A fachada possui um nártex dividido em cinco arcadas. Infelizmente esta versão da basílica foi destruída pelos Normandos, como a Basílica de São Clemente e inteiramente reconstruída no século XII.
O belíssimo pórtico que vemos hoje com as colunas de ordem iônico antes da entrada também é do século XII. O campanário é considerado um dos mais belos de Roma! Papa Onório III, responsável por embelezar também São Paulo Fora dos Muros realizou aqui a galeria sobre o pórtico e o portão cosmatesco.
O século XVIII alterou o seu interior, cancelando as características paleocristãs, “recuperadas”, por quando fosse possível no início do século XX.
Esta colina é cheia de riquezas e não deve ser deixada de lado durante as suas explorações dos arredores do Coliseu!
Leave a Comment