A Basílica de Santa Cruz em Jerusalém é muito importante por várias razões: suas paredes são antiquíssimas, de uma antiga mansão do IV século d.C. que pertenceu à família do Imperador Constantino. Além disso, aqui são guardadas as relíquias da Santa Cruz (ou Vera Cruz), a cruz com a qual Jesus foi crucificado no Monte Calvário, que segundo a tradição foi encontrada e trazida pela Santa Helena, mãe do imperador.
A basílica de Santa Cruz em Jerusalém
Santa Cruz em Jerusalém é uma das “Sete Igrejas” do percurso de peregrinagem criado por São Filippo Neri no século XVI para opor-se ao Carnaval (“festa pagã”). O santo foi um caro personagem florentino que morou aqui e é muito amado em Roma (apelidado “Pippo Bom”); é o sacerdote inspirador de um oratório que se transformou em congregação pouco após à sua morte.
Arquitetura e obras de arte da igreja
A linda fachada nos lembra imediatamente Borromini, mas é bem posterior a este arquiteto, foi desenhada pela dupla Passalacqua e Gregorini na metade do século XVIII. O pórtico é o mais bonito deste período, quando Roma já não era mais um “canteiro de obras” como tinha sido no passado. Sua forma é única, pois oval, um unicumno seu gênero!
A nave central também é especial: além do
pavimento cosmatesco (restaurado nos anos ’30 mas bem irregular e “original” nas naves laterais), a imagem do teto da nave central não é um afresco, mas uma tela, com o tema da “Helena recebida nos Céus”, de
Corrado Jarquinto.
A ábside tem um afresco do século XV dividido em duas partes: há uma amêndoa com o Cristo dando a benção e embaixo foi representada a tradição na qual vê Santa Helena em Jersulém procurando e encontrando a Vera Cruz. O afresco é de Antoniazzo Romano (artista que já foi mencionado no blog quando falamos de São Pedro em Montório) ou de Melozzo da Forlì. Seja como for, esta dúvida nos mostra o quanto ele é precioso.
O
baldaquino é talvez o meu preferido, com muitas desculpas ao amado Arnolfo (de Cambio) pelas maravilhas góticas que construiu nas igrejas de
SantaCecília e
São Paulo Fora dos Muros, por exemplo, mas as suas colunas de
mármores Breccia Rosa e
Porta Santa e a “alegria” barroca da estrutura superior são de uma simplicidade e elegância que conquistam meu coração, misturando o antigo com o “moderno”!
À direita do altar existe uma pequena
cordonata (escadaria com degraus baixos, para ser possível a passagem de cavalos!) que nos leva à
Capela de Santa Helena. As paredes são também do antigo palácio do IV século que existia aqui, mas a decoração é renascentista: mosaicos do teto e afrescos. Vemos uma linda escultura antiga (deusa Juno, encontrada em
Óstia Antiga) e transformada em
Santa Helena e mosaicos provavelmente recalcados sobre mosaicos antigos – o efeito é excelente, pois apesar de não serem os originais do tempo da
imperatriz Helena, são realmente maravilhosos.
Basílica de Santa Cruz
Através do corredor da esquerda do altar, temos acesso à
Capela das Relíquias, de arquitetura moderna do século XX. Aqui esiste o famoso reliquiário da
Santa Cruz, elegantemente guardados dentro de
tecasrealizadas pelo famoso Valadier, que também realizou a maravilhosa
teca de
Santa Maria Maior.
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Planta baixa com indicações sobre o que ver na Basílica de Santa Cruz em Jerusalém
Para compreender
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