Compartilho nesta matéria alguns mitos e realidades sobre conhecer Roma. Não saberia bem dizer quando é que o Coliseu e o Vaticano ficaram famosos no mundo… imagino a partir dos anos ’50-’60 com filmes americanos que foram feitos aqui e com as viagens internacionais que começaram a se tornar mais frequentes em ambientes de negócios ou de pessoas que podiam pagar este tipo de viagem.
Sem dúvida, chegar em Roma sem saber nada (ou muito pouco) da sua história deve ter sido uma experiência muito impactante, em iguais proporções ao seu maior monumento: o Coliseu.
Este monumento antigo tem capacidade estimada para entre 50.000 e 75.000 pessoas e para um viajante dos anos ’50-’60-’70 deve ter sido realmente uma impressão brutal que eventualmente fazia com que estas pessoas voltassem pra casa extremamente impressionados pelas dimensões “colossais” deste monumento.
Se você pegar qualquer imagem na internet ou vir o mapa que está “pregado” no lado de fora do Foro Romano com a imagem da extensão do Império Romano do IV século, não pode não imaginar que se aqui era a capital deste império “mundial” que ditou regras, usos e costumes por 500 anos, famoso por construir edifícios gigantescos e aquedutos, não é matematicamente possível que tenha somente o Coliseu para ser visto em Roma.
O período imperial teve seu ápice com uma capital que contava um milhão de habitantes; de onde vinha o grão para alimentar todo este povo? O mármore para revestir e adornar todos os palácios e casas de senadores e nobres? Quantos templos deveriam existir para pedir clemência e proteção e agradecer aos deuses? Onde enterravam-se os mortos? Estas são algumas perguntas que são respondidas com vários sítios arqueológicos que hoje são visitáveis, mas a maioria é extremamente desconhecida pelo grande público que vem à Roma, que vê o Coliseu e acredita ter visto Roma.
Com a queda do Império Romano, em 476 d.C., aconteceu o fenômeno do “encastelamento”, formação de burgos, ascensão e afirmação da cultura bizantina que durou até o famoso ano de 1453, a queda de Constantinópoli. Aí estão mais mil anos de construções, edificações de igrejas maravilhosas, torres, burgos, castelos e monastérios.
Com a descoberta do “Novo mundo”, a nossa Roma já estava mais do que consolidada como “novo império” e recebe um novo impulso para reformar igrejas e construir novas, com o papa que abria estradas, construía hospitais (isso já desde à Alta Idade Média) e uma vasta nobreza e clero que moravam em palácios fantásticos, decorados luxuosamente.
Isso, para não falar do Renascimento tardio romano e do Barroco, iniciando pela primeira igreja jesuíta construída, a Igreja de Jesus, até à Fontana di Trevi, última obra monumental desta saga que tem 2800 anos e se chama Roma.
Conhecer Roma como turista é saber reconhecer as fases principais desde à fundação da cidade no alto do Palatino no VIII antes de Cristo, passando pelo pelo Período Imperial (pois o Republicano nos deixou muito pouca coisa, por uma série de razões), Idade Média, Renascimento e Barroco, grosso modo, e para os mais audázes, visitar o bairro criado pelo Mussolini, a EUR.
Isso para não falar dos etruscos, que “ensinaram” aos romanos praticamente tudo o que nós apreciamos nos romanos!!!
Tem gente que vem à Roma e vê o Coliseu e Vaticano e diz que conhece Roma; tem gente que volta 2, 3, 4, 5 vezes para conhecer Roma.
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