O que nós conhecemos hoje como “ as catacumbas ” foram no passado, a partir dos séculos II e III, os cemitérios dos cristãos. Ponto, parágrafo. Essas fantásticas estruturas cemiteriais, e digo fantástica pela extensão, pelo seu número (60 só em Roma, e somente cinco abertas ao público), pelo momento histórico em que foram criadas, digo fantástica pela decoração dos ambientes, digo fantástica pela insistência dos cristãos em iniciar um novo ritual e, por fim, digo fantástica pelo esquecimento e pela re-descoberta no início do século XVI.
Decoração do teto e corredor de catacumbas
Grande escultura de Bom Pastor,
encontrada em catacumbas
Visitar hoje as catacumbas é uma grande emoção para quem é sensível ao charme do tempo, para quem tem a curiosidade de ver como nasceu a iconografia de uma grande religião monoteísta no ventre de uma sociedade complexa e com um grande dom para as artes, ou simplesmente para quem é religioso e deseja se aproximar à própria religião e viver a experiência de entrar num ambiente onde uma inteira comunidade esperava a Ressurreição.
Grupo, na entrada de catacumbas
Pinturas das catacumbas
O peixe, a âncora, o “bom pastor”, símbolos de corporações às quais pertenciam os defuntos, ilustrações ligadas à vida do defunto, a uva são exemplos de representações que encontraremos nas catacumbas, palavra que vem do grego e que significa “nas cavidades”.
Lastra sepulcral com ilustração singela de menina com seu cão
Pintura de arcossólio, Jesus com aspóstolos
Mais do que a maestria demonstrada pelos artistas-artesãos que decoravam as paredes destes ambientes ou as lastras sepulcrais, é emocionante ver o nascimento da iconografia da nova religião e caminhar em longos, infinitos corredores com o pé direito altíssimo, um caminho cheio de significado, percorrido há quase dois mil anos.
Pintura no teto e ambiente em catacumbas
Corredor e ambiente decorado
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